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Ex-controlador-geral do Equador é condenado em caso Odebrecht

Suprema corte equatoriana condenou Carlos Pólit a seis anos de prisão por envolvimento em caso de propinas pagas pela construtora brasileira

Odebrecht: filho do ex-controlador, John Pólit, também foi condenado a cumprir três anos de prisão por ser considerado cúmplice (Nacho Doce/Reuters)

Odebrecht: filho do ex-controlador, John Pólit, também foi condenado a cumprir três anos de prisão por ser considerado cúmplice (Nacho Doce/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de junho de 2018 às 20h13.

O ex-controlador equatoriano Carlos Pólit, que há um ano vive nos Estados Unidos, foi condenado nesta quarta-feira (6) pela Justiça de seu país a seis anos de prisão por participação no esquema de propinas da construtora brasileira Odebrecht.

A Suprema Corte Nacional de Justiça (CNJ) "decidiu condenar Carlos P., ex-Controlador-Geral do Estado, como autor e seu filho John P., na qualidade de cúmplice do crime de concussão, impondo-lhes 6 e 3 anos de prisão, respectivamente", informou a Justiça em comunicado.

A CNJ também os condenou, em primeira instância, a pagar 40,4 milhões de dólares ao Estado equatoriano como indenização, e eles devem oferecer desculpas públicas.

A Corte ainda pediu para os Estados Unidos "realizem a apreensão, confisco e repatriação dos fundos das contas e empresas de ambos" no país.

Em um dos vários julgamentos por corrupção da Odebrecht no Equador, Pólit foi condenado por solicitar - sendo controlador - 10,1 milhões de dólares da construtora entre 2010 e 2015 para ocultar dívidas com o Estado e lhes beneficiar com relatórios favoráveis sobre diversas obras.

Seu filho transferiu 1,7 milhão de dólares para empresas no Panamá e no Equador provenientes de propinas da Odebrecht.

Há um ano, Pólit viajou a Miami com autorização médica, e de lá renunciou ao cargo de controlador em junho de 2017, ao ser envolvido na trama de corrupção da Odebrecht. Fora do cargo, foi julgado à revelia.

Ele já tem uma ordem de prisão por envolvimento em processo penal por associação ilícita no caso Odebrecht - pelo qual o ex-vice-presidente Jorge Glas foi condenado em primeira instância a seis anos de prisão.

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