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Ex-chefe de CIA renuncia como assessor de Trump por ciberataques

O anúncio de Woolsey acontece em meio à polêmica gerada após o governo Obama, junto com os serviços de inteligência, acusar a Rússia de ciberataques

"Realmente não estavam me chamando para participar das reuniões nem do trabalho de transição", declarou Woolsey (Getty Images)

"Realmente não estavam me chamando para participar das reuniões nem do trabalho de transição", declarou Woolsey (Getty Images)

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EFE

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 21h29.

Washington - O ex-diretor da CIA James Woolsey anunciou nesta sexta-feira sua renúncia ao posto de assessor do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo ceticismo expressado pelo magnata sobre as acusações à Rússia de ser responsável por ciberataques para beneficiá-lo nas eleições.

"Realmente não estavam me chamando para participar das reuniões nem do trabalho de transição", declarou Woolsey à emissora "Fox News".

O porta-voz de Woolsey, Jonathan Sparks, emitiu antes um comunicado informando que o diretor da CIA entre 1993 e 1995, durante o primeiro governo de Bill Clinton, renunciava e desejava sorte a Trump.

O anúncio de Woolsey acontece em meio à polêmica gerada após o governo do presidente Barack Obama, com o apoio dos serviços de inteligência, acusar a Rússia de ciberataques.

O presidente eleito se reuniu nesta sexta-feira com altos cargos de inteligência da Administração de Obama para se inteirar das investigações sobre os ciberataques russos nas eleições de novembro, que colocaram em dúvida a legitimidade de sua vitória.

O governo de Obama impôs na semana passada, como represália, sanções diplomáticas e econômicas à Rússia, ao que Trump respondeu dizendo que era hora de se concentrar em temas "maiores e mais importantes", pondo em dúvida o envolvimento russo nos ciberataques.

"Realmente já não estava tendo funções de assessor", ressaltou em outra entrevista Woolsey, que se uniu à campanha do magnata nova-iorquino em setembro.

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