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Evo Morales defende quinua contra junk food do capitalismo

O presidente boliviano denunciou que o capitalismo e suas transnacionais buscam "dominar" os mercados e "impor" seus gostos com alimentos globais

Evo Morales: o líder defendeu a quinua para diminuir a fome em um mundo que sofre as consequências do aquecimento global e da escassez de água. (AFP/ Jorge Bernal)
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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 15h44.

Nações Unidas - O presidente da Bolívia, Evo Morales , defendeu nesta quarta-feira a quinua (grão típico da região andina) como uma "alternativa digna" para combater a crise mundial de alimentos diante da "comida porcaria" do capitalismo.

"A quinua é o presente ancestral dos povos andinos produzido há mais de 7.000 anos e se apresenta como uma alternativa digna perante a atual crise alimentícia", afirmou Morales durante um ato na ONU para celebrar o Ano Internacional da Quinua.

O presidente boliviano denunciou que o capitalismo e suas transnacionais buscam "dominar" os mercados e "impor" seus gostos com alimentos globais, que segundo ele são produzidos "maciçamente", com ingredientes químicos que causam "câncer e outras doenças".

"Em um mundo onde as necessidades alimentícias são um negócio lucrativo, não interessa a saúde da humanidade, mas o lucro", disse Morales, que acusou os governos capitalistas, liderados pelos Estados Unidos, de se oporem ao Ano Internacional da Quinua.

A Assembleia Geral da ONU inaugurou hoje oficialmente o "Ano Internacional da Quinua", que tem como objetivo divulgar os benefícios nutricionais deste alimento original da cordilheira dos Andes.

"Trata-se de um reconhecimento às práticas tradicionais dos povos dos Andes que preservaram a quinua em seu estado natural para as gerações vindouras em um mundo onde impera o capitalismo", discursou Morales.

O presidente boliviano disse ainda que a quinua é "um presente da mãe terra" que durante décadas foi "demonizado" como "alimento dos índios" e que se transformou agora em uma das propostas dos povos andinos para combater a crise alimentícia atual.


"Agora é visto pelas transnacionais como uma ameaça ao seu império" de junk food, opinou Morales. O presidente destacou que a produção da quinua na Bolívia aumenta a cada ano, "com cerca de 10% a mais de cultivos", e o consumo triplicou em quatro anos, "de quatro mil para 12 mil toneladas".

Morales enalteceu o valor nutricional da planta da quinua e afirmou que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) trabalhará neste ano para mudar "um modelo que tornou o direito dos povos de se alimentar um negócio".

Além disso, o líder defendeu a quinua para diminuir a fome em um mundo que sofre as consequências do aquecimento global e da escassez de água.

"Os saberes ancestrais são uma política para frear o aquecimento global e suas consequências, e os governos devemos garantir mais investimento não para ganhar mais dinheiro, mas em benefício do ser humano", concluiu Morales.

A quinua é uma planta da família das amarantáceas originária dos Andes e fez parte da base da alimentação dos impérios tiahuanacota e inca, segundo pesquisas divulgadas pela FAO.

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Nações Unidas - O presidente da Bolívia, Evo Morales , defendeu nesta quarta-feira a quinua (grão típico da região andina) como uma "alternativa digna" para combater a crise mundial de alimentos diante da "comida porcaria" do capitalismo.

"A quinua é o presente ancestral dos povos andinos produzido há mais de 7.000 anos e se apresenta como uma alternativa digna perante a atual crise alimentícia", afirmou Morales durante um ato na ONU para celebrar o Ano Internacional da Quinua.

O presidente boliviano denunciou que o capitalismo e suas transnacionais buscam "dominar" os mercados e "impor" seus gostos com alimentos globais, que segundo ele são produzidos "maciçamente", com ingredientes químicos que causam "câncer e outras doenças".

"Em um mundo onde as necessidades alimentícias são um negócio lucrativo, não interessa a saúde da humanidade, mas o lucro", disse Morales, que acusou os governos capitalistas, liderados pelos Estados Unidos, de se oporem ao Ano Internacional da Quinua.

A Assembleia Geral da ONU inaugurou hoje oficialmente o "Ano Internacional da Quinua", que tem como objetivo divulgar os benefícios nutricionais deste alimento original da cordilheira dos Andes.

"Trata-se de um reconhecimento às práticas tradicionais dos povos dos Andes que preservaram a quinua em seu estado natural para as gerações vindouras em um mundo onde impera o capitalismo", discursou Morales.

O presidente boliviano disse ainda que a quinua é "um presente da mãe terra" que durante décadas foi "demonizado" como "alimento dos índios" e que se transformou agora em uma das propostas dos povos andinos para combater a crise alimentícia atual.


"Agora é visto pelas transnacionais como uma ameaça ao seu império" de junk food, opinou Morales. O presidente destacou que a produção da quinua na Bolívia aumenta a cada ano, "com cerca de 10% a mais de cultivos", e o consumo triplicou em quatro anos, "de quatro mil para 12 mil toneladas".

Morales enalteceu o valor nutricional da planta da quinua e afirmou que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) trabalhará neste ano para mudar "um modelo que tornou o direito dos povos de se alimentar um negócio".

Além disso, o líder defendeu a quinua para diminuir a fome em um mundo que sofre as consequências do aquecimento global e da escassez de água.

"Os saberes ancestrais são uma política para frear o aquecimento global e suas consequências, e os governos devemos garantir mais investimento não para ganhar mais dinheiro, mas em benefício do ser humano", concluiu Morales.

A quinua é uma planta da família das amarantáceas originária dos Andes e fez parte da base da alimentação dos impérios tiahuanacota e inca, segundo pesquisas divulgadas pela FAO.

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