Mundo

Europa recebe alerta por desequilíbrio macroeconômico

Comissão aponta o nível da dívida pública francesa, que "continua aumentando, enquanto sua competitividade e produtividade não se recuperam claramente"


	Comissão Europeia: instituição aponta o nível da dívida pública francesa, que "continua aumentando, enquanto sua competitividade e produtividade não se recuperam claramente"
 (Thinkstock)

Comissão Europeia: instituição aponta o nível da dívida pública francesa, que "continua aumentando, enquanto sua competitividade e produtividade não se recuperam claramente" (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 17h26.

A Comissão Europeia advertiu França, Itália e Portugal, assim como Bulgária e Croácia, por seus desequilíbrios macroeconômicos "excessivos" em relação às regras de gasto público, segundo um relatório publicado nesta terça-feira.

No informe, a Comissão aponta o nível da dívida pública francesa, que "continua aumentando, enquanto sua competitividade e produtividade não se recuperam claramente".

A Itália é citada por sua dívida e pelo nível de desemprego a longo prazo que "reduz as projeções de crescimento" econômico. De Portugal, foi apontada a dívida pública e privada, e lembrou-se que grande parte dos títulos 'podres' constituem uma "vulnerabilidade em um contexto de desemprego alto".

Bulgária e Croácia também "experimentam um desequilíbrio macroeconômico excessivo", diz o relatório.

Esses cinco países se encontram na pior categoria do monitoramento da Comissão das contas públicas nacionais, e se não corrigirem suas contas poderão sofrer sanções, algo que nunca aconteceu.

"Os países com desequilíbrios excessivos podem ser colocados no braço corretivo a qualquer momento", alertou o vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, ao apresentar o relatório em uma coletiva de imprensa em Estrasburgo, na França, onde acontece a sessão plenária da Eurocâmara.

Outros sete países da UE, incluindo a Alemanha por seu superávit fiscal e "pouco investimento", também transgridem, embora menos, as regras do pacto fiscal comunitário que fixa o déficit em 3% do PIB e uma dívida pública de no máximo 60%.

A Espanha registra "desequilíbrios", e sua dívida pública e privada, interna e externa, continua constituindo "vulnerabilidades em um contexto de elevado desemprego". A

"A Espanha implementou importantes reformas, mas os desequilíbrios persistem", estimou Domborvskis.

No total, 18 países estão em observação. Grécia e Chipre são objeto de um monitoramento especial já que se encontram sob resgate financeiro.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEuropaFrançaItáliaPaíses ricosPiigsPortugal

Mais de Mundo

Biden promete "ir fundo" em investigação após demissão de diretora do Serviço Secreto

"Yes, we Kam" surge como lema da campanha de Kamala

Diretora do Serviço Secreto renuncia ao cargo depois de atentado contra Trump

Singapura é a cidade mais segura para turistas; veja o ranking

Mais na Exame