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Europa precisa de mais equilíbrio e imigração, diz FMI

Para o FMI, os países da UE terão de diversificar as fontes de crescimento econômico

Strauss-Kahn avaliou que a reforma pode ser acelerada pela harmonização das regras trabalhistas (Oli Scarff/Getty Images)

Strauss-Kahn avaliou que a reforma pode ser acelerada pela harmonização das regras trabalhistas (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 10h45.

Frankfurt - A União Europeia precisa lidar com equilíbrios econômicos entre os Estados-membros e facilitar o movimento do mercado de trabalho para consertar um "sério problema de crescimento", disse o presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No texto de um discurso feito a uma conferência bancária, Dominique Strauss-Kahn disse que os países da UE terão de diversificar as fontes de crescimento econômico -- mencionando a Alemanha, especificamente, como uma economia com necessidade de uma demanda maior.

"Assim como nós nos preocupamos sobre os desequilíbrios globais, nós deveríamos nos preocupar sobre os desequilíbrios dentro da zona do euro. Simplesmente não é verdade que os superávits sejam bons e os déficits sejam ruins", declarou ele.

"Os déficits em conta corrente de alguns países europeus precisarão encolher e, em paralelo, em outros países -- como aqui, na Alemanha --, o crescimento precisará se tornar mais domesticamente induzido."

Voltando-se ao mercado de trabalho da Europa, Strauss-Kahn avaliou que a tão necessária reforma pode ser acelerada pela harmonização das regras trabalhistas da zona do euro, com uma iniciativa de "Mercado de Trabalho Único".

"A área do euro não pode atingir seu verdadeiro potencial com uma desnorteante miscelânea de mercados de trabalho segmentados", disse ele.

"É hora de criar um nível de igualdade para os trabalhadores europeus, especialmente na área de taxação trabalhista, sistemas de benefícios sociais e portabilidade, e legislação de proteção ao emprego."

Onde falta mão de obra capacitada, os países da UE deveriam recorrer à imigração de fora do bloco.

"O crescimento de longo prazo também ganharia impulso de uma abordagem menos restritiva à imigração", disse Strauss-Kahn. "Faz sentido depender da imigração para lidar com falta de capacitação, como foi feito na América do Norte."

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