Exame Logo

Europa não vai recuperar níveis de emprego tão cedo

Especialista diz que estruturas fiscal e tributária prejudicam recuperação das empresas e da oferta de emprego na Zona do Euro

Nos EUA, índice de desemprego caiu em junho e, segundo Guimarães, deve continuar assim (.)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2010 às 17h23.

São Paulo - Embora o nível de desemprego na Zona do Euro em maio tenha permanecido estável em relação ao mês anterior (10%), este patamar continua sendo o mais elevado dos últimos 12 anos. Para o consultor especialista em empregos Gilberto Guimarães, "a recuperação da Europa não vai acontecer em um prazo menor do que três a quatro anos."

Guimarães, que é presidente da multinacional francesa BPI no Brasil, diz que o maior problema dos países europeus é a deficiência em suas estruturas fiscal e tributária. "É um modelo que onera demais e prejudica a recuperação das empresas privadas", afirma. Ele explica que, como conseqüência, o governo acaba agindo de maneira mais forte para recuperar a economia. O resultado é um déficit público muito elevado.

Veja também

"Os países já têm dívidas gigantescas. Os Piigs (sigla em inglês para Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) são apenas a ponta do iceberg. A França e a Inglaterra também já não têm a mesma solidez econômica", diz o presidente da BIP.

Franca recuperação

Em situação bem diferente estão os Estados Unidos. O nível de desemprego passou de 9,7% em maio para 9,5% em junho. Na opinião de Guimarães, "a América do Norte vai se recuperar mais rápido do que estamos imaginando."

O especialista conta que passou os últimos 120 dias nos Estados Unidos, estudando a situação do mercado de trabalho local. "Nova York, por exemplo, é uma cidade em obras, atualmente, tanto no setor público, quanto no privado. Isto significa uma recuperação do nível de emprego no curto prazo. É uma locomotiva em ritmo cada vez mais forte", diz.

Acompanhe tudo sobre:DesempregoEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame