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EUA: tribunal pede corte marcial a Bradley Manning

Soldado é acusado de supostamente ter vazado milhares de documentos classificados do governo norte-americano ao website WikiLeaks

Bradley Manning é suspeito de ter vazado milhares de comunicações diplomáticas secretas (Daniel Joseph Barnhart Clark/Wikimedia Commons)

Bradley Manning é suspeito de ter vazado milhares de comunicações diplomáticas secretas (Daniel Joseph Barnhart Clark/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 21h41.

Washington - Um tribunal militar dos Estados Unidos recomendou a corte marcial para o soldado Bradley Manning, por supostamente ter vazado milhares de documentos classificados do governo norte-americano ao website WikiLeaks, informou na noite desta quinta-feira o Exército dos Estados Unidos.

"O oficial encarregado das investigações (o tenente-coronel Paul Almanza) concluiu que as acusações estão feitas de uma maneira apropriada e que existem fundamentos razoáveis para acreditar que o acusado cometeu os crimes", de acordo com o Distrito Militar do Exército em Washington. "Ele recomendou que as acusações sejam apresentadas a uma corte marcial", informa a agência France Presse (AFP).

As acusações incluem ajudar o inimigo, publicação indevida de informações secretas na internet e roubo de propriedade e gravações do governo.

Manning, de 24 anos, foi o centro de um audiência de sete dias, no mês passado, para determinar se ele deveria ser julgado em corte marcial, no que as autoridades consideram um dos mais graves incidentes nas informações do governo na história dos EUA.

Manning, que serviu no Iraque entre novembro de 2009 até sua detenção em maio de 2010, poderá ser sentenciado até à prisão perpétua se for condenado. O jovem soldado de Oklahoma, que foi treinado em vários sistemas de inteligência pelos militares americanos, é acusado de passar ao WikiLeaks uma quantidade enorme de telegramas diplomáticos e informações classificadas sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, além de vídeos de ataques aéreos dos EUA e avaliações sobre os detidos na base naval americana de Guantánamo, em Cuba.

A defesa de Manning disse que o governo exagerou nas acusações e pediu que fossem reduzidas, o que comportaria em caso de condenação uma pena máxima de 30 anos de prisão.

As informações são da Dow Jones.

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