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EUA respeitarão China independente do partido, diz Kerry

As relações diplomáticas entre Pequim e Washington passam por momentos de tensão, após o telefonema da presidente de Taiwan a Trump

Kerry: afirmação foi feita ao Ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, durante conversa via telefone (Lucas Jackson / Reuters/Reuters)

Kerry: afirmação foi feita ao Ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, durante conversa via telefone (Lucas Jackson / Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 10h55.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou nesta quinta-feira que o país respeitará a política da China, independente do partido que estiver no poder, em referência a entrada dos republicanos no poder, com Donald Trump.

A afirmação foi feita ao Ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, durante conversa via telefone, segundo divulgou a própria pasta do país asiático.

As relações diplomáticas entre Pequim e Washington passam por momentos de tensão, após o telefonema da presidente de Taiwan, Tsai Ing-Wen, ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, no último dia 2 de dezembro.

A líder de governo taiuanesa fará viagem às Américas, com passagem pelos Estados Unidos, em Houston e San Francisco. Além disso, visitará países aliados: Honduras, Guatemala, Nicarágua e El Salvador.

Kerry destacou a Wang Yi a importância das relações entre o país e a China, garantindo que os países devem "seguir trabalhando para proteger e reafirmar" o desenvolvimento das relações bilaterais, relatou o Ministério das Relações Exteriores.

Além disso, Kerry garantiu que, atualmente, a convivência dos dois países está em bem, lembrando da colaboração em questões como recuperação econômica global, luta contra a mudança climática e a resolução de assuntos importantes sobre segurança internacional.

O compromisso adotado pelo integrante do governo Barack Obama, no entanto, não encontra eco em algumas afirmações feitas recentemente por Trump.

"Não sei porque temos que estar ligados por uma política de uma só China. A não ser que cheguemos a um acordo com a China que tenha a ver com outras coisas, incluíndo o comércio", disse o futuro presidente, em entrevista à emissora "Fox News".

Durante mais de quatro décadas, Estados Unidos baseou suas relações com o gigante asiático no princípio de uma "só China", com o único governo chinês reconhecindo por Washington sendo o de Pequim, o que vai contra as aspirações independentistas de Taiwan.

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