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EUA respeitam decisão e pedem diálogo na Venezuela

"O importante é observar como venezuelanos interpretam a decisão do Supremo, é uma decisão que os venezuelanos devem tomar", disse a porta-voz do Departamento de Estado


	A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland: governo americano espera poder trabalhar com o venezuelano em uma melhora pragmática das relações
 (Massoud Hossaini/AFP)

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland: governo americano espera poder trabalhar com o venezuelano em uma melhora pragmática das relações (Massoud Hossaini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 20h13.

Washington - O Departamento de Estado dos Estados Unidos evitou avaliar nesta quarta-feira a decisão do Supremo Tribunal da Venezuela, que considerou ser possível Hugo Chávez iniciar um novo mandato sem jurar o cargo, e pediu um diálogo interno pactuado no país.

"O importante é observar como os venezuelanos interpretam a decisão do Supremo, é uma decisão que os venezuelanos devem tomar", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em entrevista coletiva.

Em sua opinião, o futuro da presidência, suspenso pela ausência de Chávez, internado em um hospital cubano onde se recupera de uma complicada operação para tratar de um câncer, deve "implicar e levar em conta uma ampla representação do Estado e ser consensuado, pactuado e transparente".

Victoria Nuland confirmou que a responsável dos Estados Unidos para a América Latina, Roberta Jacobson, e o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, conversaram por telefone em novembro para tratar sobre as perspectivas de uma melhora das relações bilaterais.

"Independente do que ocorra politicamente na Venezuela, se o governo venezuelano e o povo da Venezuela querem avançar (na melhora das relações com os EUA), nós consideramos isso possível", disse a porta-voz.

O governo americano espera poder trabalhar com o venezuelano em uma melhora pragmática das relações, começando pela cooperação na luta contra o narcotráfico, no combate ao terrorismo e no setor energético, para depois restabelecer relações diplomáticas com o envio de embaixadores.

Além disso, a funcionária evitou opinar sobre os possíveis desenlaces da situação política na Venezuela, mas considerou como cenário mais provável a continuidade do chavismo, devido ao seu enraizamento nas estruturas do Estado.

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