EUA proíbem investimentos em IA e semicondutores na China
As regras são o resultado de uma ordem executiva assinada por Biden em agosto de 2023
Repórter colaborador
Publicado em 29 de outubro de 2024 às 06h03.
O governo Joe Biden anunciou nesta segunda-feira restrições de investimentos que os EUA terão naChina a partir de 2 janeiro. A política visa proibir empresas, cidadãos e residentes permanentes de investirem em negócios que possam representar uma ameaça à segurança nacional, segundo o Departamento do Tesouro.
Estarão proibidas transações envolvendo tecnologia de ponta, como semicondutores, inteligência artificial e computação quântica.
"Inteligência artificial, semicondutores e tecnologias quânticas são fundamentais para o desenvolvimento militar, de vigilância, inteligência e certas áreas de segurança cibernética", disse o secretário assistente do Tesouro para segurança de investimentos, Paul Rosen, em um comunicado.
"Esta regra final toma medidas específicas e concretas para garantir que o investimento dos EUA não seja explorado para promover o desenvolvimento de tecnologias por aqueles que podem usá-las para ameaçar nossa segurança nacional", ele acrescentou.
As regras são o resultado de uma ordem executiva assinada por Biden em agosto de 2023 com o objetivo de restringir certos investimentos dos EUA em áreas sensíveis de alta tecnologia na China, incluindo Hong Kong e Macau.
O Ministério das Relações Exteriores da China chamou a ordem executiva de "antiglobalização", acrescentando que Pequim estava "fortemente insatisfeita" e se reservava o direito de defender seus interesses.