O novo governo líbio precisa de verbas para que o país não entre em colapso (Florent Marcie/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2011 às 16h09.
Nova York - Os Estados Unidos apresentarão nesta quarta-feira um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU para desbloquear US$ 1,5 bilhão para apoiar os rebeldes líbios e suprir "as necessidades humanitárias" que a Líbia atravessa.
Uma fonte diplomática afirmou à Agência Efe que "é urgente uma atuação do Conselho de Segurança", detalhando que entre a série de medidas propostas pelos americanos para desbloquear os fundos está um pedido para permitir o abastecimento de combustível, algo "básico para evitar o colapso do país".
Essa medida permitiria, segundo o diplomata, que os hospitais possam continuar funcionando, assim como as centrais elétricas, geradores e estações de tratamento de água, para que o funcionamento de outras infraestruturas "vitais" esteja garantido.
O Conselho de Segurança analisará na tarde desta quarta-feira a proposta americana para desbloquear parte dos fundos afetados pelas resoluções precedentes do principal órgão de decisão das Nações Unidas.
Os EUA já realizaram um pedido similar, mas sem nenhuma resolução, ao comitê de sanções do Conselho de Segurança no dia 8 de agosto, mas os representantes da África do Sul se opuseram à medida, segundo explicou à Efe a mesma fonte.
O diplomata afirmou que os EUA esperam que a África do Sul mude de atitude e facilite para que as medidas sejam aprovadas pelo comitê de sanções. Caso contrário, a delegação americana planejaria submeter à votação a resolução no Conselho de Segurança nesta mesma semana.
O Departamento de Estado já anunciou na terça-feira que o Governo americano buscava desbloquear imediatamente esses US$ 1,5 bilhão, para apoiar o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, e que este financiaria a ajuda humanitária no país.
Em fevereiro, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade uma resolução que impunha sanções contra o regime de Kadafi e seus aliados, entre as quais estava o bloqueio de todos seus bens no exterior, medidas que se concretizaram um mês depois.