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EUA negam veracidade de investigação sobre Bin Laden

O governo americano taxou de "falsa" a investigação que afirma que Barack Obama mentiu sobre a morte de Bin Laden


	O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: jornalista assegura que o objetivo final de missão era executar Bin Laden e se desfazer do corpo
 (Jonathan Ernst/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: jornalista assegura que o objetivo final de missão era executar Bin Laden e se desfazer do corpo (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2015 às 16h32.

Washington - O governo dos EUA tachou de "falsa" nesta segunda-feira a investigação do jornalista Seymour Hersh, que assegura que o presidente Barack Obama mentiu sobre a morte de Osama bin Laden e a operação contava com o conhecimento das autoridades paquistanesas, que até então escondiam o terrorista.

O porta-voz adjunto do Conselho de Segurança da Casa Blanca Ned Price assegurou em comunicado que a história de Hersh, publicada no domingo no London Review of Books, tem "muitas imprecisões e afirmações sem fundamento".

"A noção de que a operação que acabou com a vida de Osama bin Laden foi algo além de uma missão unilateral dos Estados Unidos é evidentemente falsa", afirmou Price, que manteve que a operação só foi conhecida de antemão por um reduzido círculo de altos comandantes americanos.

Os Estados Unidos asseguraram o tempo todo que a operação das forças especiais dos Navy Seal de 11 de maio de 2011 contra um complexo da cidade paquistanesa de Abbottabad, onde Bin Laden, líder da Al Qaeda, se escondia, foi realizada de maneira unilateral e em segredo.

"O presidente decidiu não informar a nenhum governo, incluído o governo paquistanês, que não foi notificado até que a operação terminou", explicou hoje Price.

O extenso artigo de Hersh se baseia nas revelações de um alto oficial de inteligência americano aposentado, que era conhecedor das informações recebidas sobre a presença de Bin Laden em Abbottabad, onde se encontra a maior academia militar do Paquistão.

Hersh assegura que a inteligência paquistanesa (ISI) tinha capturado Bin Laden e o escondia em Abbottabad com a intenção de entregá-lo quando o "ponto essencial quid pro quo" fosse o mais conveniente para Islamabad.

Segundo seu relato, a Casa Branca soube da presença de Bin Laden pela revelação de um membro do ISI que buscava a recompensa de US$ 25 milhões pelo líder terrorista que era oferecida por Washington.

O artigo assegura que altos comandantes de inteligência e o Exército do Paquistão sabiam que a operação ia ocorrer, até o ponto que os paquistaneses guiaram as forças especiais americanas até o esconderijo de Bin Laden.

O autor também assegura que o objetivo final da missão não era capturar Bin Laden vivo, mas executá-lo e se desfazer de seu corpo, e que Obama decidiu divulgar a morte do terrorista imediatamente com a intenção de utilizar a conquista para facilitar sua reeleição em 2012.

Fontes da CIA (agência de inteligência americana) asseguraram ao jornal "The Washington Post" que o artigo de Hersh é "totalmente sem sentido". 

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