Mundo

EUA incluem Coreia do Norte e Venezuela em veto migratório

A medida impõe uma proibição total aos cidadãos da Coreia do Norte e do Chade; para a Venezuela, limita-se aos funcionários de alguns órgãos governamentais

Donald Trump: o Sudão foi removido da lista, que ainda inclui Irã, Líbia, Síria, Somália e Iêmen (Aaron P. Bernstein/Reuters)

Donald Trump: o Sudão foi removido da lista, que ainda inclui Irã, Líbia, Síria, Somália e Iêmen (Aaron P. Bernstein/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 09h40.

Última atualização em 25 de setembro de 2017 às 09h43.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs restrições de viagem a cidadãos de Coreia do Norte, Venezuela e Chade no domingo, ampliando para oito o número de países afetados pelos limites à entrada nos EUA.

Irã, Líbia, Síria, Iêmen e Somália foram mantidos na lista dos países afetados no novo decreto emitido pelo presidente. As restrições aos cidadãos do Sudão foram suspensas.

As medidas ajudam a cumprir a promessa de campanha de Trump de endurecer os procedimentos imigratórios dos EUA e se alinham à visão de política externa resumida no slogan "América Primeiro".

Ao contrário dos decretos originais, que tinham prazos, o novo não estabelece limites de tempo.

"Tornar a América segura é minha prioridade número um. Não admitiremos em nosso país aqueles que não pudermos verificar com segurança", tuitou Trump pouco depois do anúncio da medida.

Os cidadãos iraquianos não estarão sujeitos a proibições de viagem, mas enfrentarão uma triagem ou verificação mais rígida.

O decreto atual, proclamado em março, expiraria na noite de domingo. As novas restrições devem entrar em vigor em 18 de outubro, e são produto de uma revisão motivada pelo repúdio mundial e pelas disputas legais provocados pelos decretos originais.

O acréscimo da Coreia do Norte e da Venezuela amplia as restrições em relação à lista original, que cobria países de maioria muçulmana.

A filial norte-americana do grupo de direitos humanos Anistia Internacional rejeitou as medidas.

"Só porque a proibição original era especialmente ultrajante não significa que deveríamos tolerar mais uma versão de discriminação sancionada pelo governo", afirmou a entidade em comunicado.

"É insensato e cruel proibir nacionalidades inteiras de pessoas que muitas vezes estão fugindo da mesma violência que o governo dos EUA deseja barrar. Isto não pode ser normalizado".

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteDonald TrumpEstados Unidos (EUA)ImigraçãoVenezuelaViagens

Mais de Mundo

Apagão cibernético: Governos descartam suspeitas de ataques hacker e mantêm contatos com Microsoft

Apagão cibernético já gerou cancelamento de quase 1.400 mil voos pelo mundo; veja situação por país

António Guterres se diz "decepcionado" após Parlamento de Israel votar contra Estado palestino

Parlamento de Israel votou contra criação de Estado palestino por considerar 'ameaça existencial'

Mais na Exame