O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira, 2, mais uma restrição a empresas de semicondutores da China. As determinações do Departamento de Comércio afetam remessas de chips de memória de alta largura de banda (HBM) para a China, essenciais para aplicações de ponta como treinamento de IA, novas restrições em 24 ferramentas adicionais de fabricação de chips e três ferramentas de software, além de novas restrições de exportação em equipamentos de fabricação de chips feitos em países como Cingapura e Malásia.

Entre as 140 empresas afetadas, está a Naura Technology Group e os fabricantes de ferramentas para chips chineses Piotech e SiCarrier Technology.

A medida é um dos últimos esforços do governo Biden para impedir a capacidade da China de acessar e produzir chips que podem ajudar a promover a inteligência artificial para aplicações militares ou ameaçar, na avaliação americana, a segurança nacional dos EUA.

Em 20 de janeiro, o ex-presidente republicano Donald Trump tomará posse para seu segundo mandato, e deve manter muitas das medidas duras de Biden com a China.

Mercado chinês de semicondutores

Levando em conta o contexto de restrições internacionais, a China intensificou seus esforços para se tornar autossuficiente no setor de semicondutores.

No entanto, permanece anos atrás de líderes da indústria de chips como Nvidia e fabricante de equipamentos de chips ASML na Holanda, segundo analistas de mercado.

Questionado sobre as restrições dos EUA, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, disse durante uma entrevista coletiva que a determinação prejudicou a ordem do comércio econômico internacional e interrompeu as cadeias de suprimentos globais.

Ele acrescentou que a China tomará medidas para salvaguardar os direitos e interesses de suas empresas.