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EUA: guerra com a China não é iminente nem inevitável, diz secretário de Defesa

Comentários, feitos durante um fórum do setor de defesa em Cingapura, vêm um dia depois de ele ter se reunido por mais de uma hora com o ministro da Defesa chinês

Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA (Stefani Reynolds/AFP)

Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA (Stefani Reynolds/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 1 de junho de 2024 às 10h24.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse a um grupo de autoridades de segurança que a guerra entre o país e a China não é iminente nem inevitável, apesar do aumento das tensões na região da Ásia e do Pacífico. Ele ressaltou a necessidade de diálogo para evitar "erros de cálculo e desentendimentos".

Os comentários de Austin, feitos durante um fórum do setor de defesa em Cingapura, vêm um dia depois de ele ter se reunido por mais de uma hora com o ministro da Defesa da China, Dong Jun.

Foi o primeiro encontro deles pessoalmente desde que as autoridades romperam contato em 2022, quando a então presidente da Câmara dos Estados Unidos Nancy Pelosi visitou Taiwan e enfureceu Pequim.

Taiwan

Nenhum dos lados mudou de posição em relação a Taiwan. A China considera a ilha parte do país e não descartou o uso de força para retomá-la, e segue reivindicando soberania sobre o mar do Sul da China - algo que leva a confrontos diretos entre o país e outras nações da região, em particular as Filipinas.

Embora tenha se recusado a detalhar a conversa com Dong, Austin disse que o mais importante era que as conversas foram retomadas.

"Enquanto estivermos conversando, poderemos identificar os assuntos que são problemáticos e aos quais pretendemos adotar proteções para garantir que não haja percepções erradas nem erros de cálculo que possam sair do controle", afirmou. "Você só consegue fazer isso se estiver conversando."

No mesmo fórum, o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr. usou uma linguagem mais dura, e disse que se um cidadão filipino for morto num potencial confronto entre a China e a guarda costeira ou a marinha mercante das Filipinas, isso ficaria "muito, muito perto do que definimos como um ato de guerra e portanto responderemos de acordo".

LEIA MAIS: Filipinas acusam navios chineses de manobras 'perigosas' no mar do Sul da China

Marcos disse presumir que os parceiros que assinaram tratados com as Filipinas, entre eles os Estados Unidos, "adotariam o mesmo padrão".

Durante um discurso, Austin, dos EUA, elogiou como Marcos "falou energicamente sobre como as Filipinas estão defendendo seu direito de soberania sob a lei internacional", mas posteriormente não quis comentar como o governo norte-americano reagiria caso um cidadão filipino fosse morto em confronto com a China.

Ele disse que o compromisso dos Estados Unidos com as Filipinas é algo concreto, mas ressaltou a importância do diálogo com a China. "Há uma série de coisas que podem acontecer no mar e no ar, nós reconhecemos isso", disse ele. "Mas nosso objetivo é garantir que as coisas não saiam do controle desnecessariamente."

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