Mundo

Filipinas acusam navios chineses de manobras 'perigosas' no mar do Sul da China

De acordo com Manila, quatro embarcações da Guarda Costeira da China seguiram o navio Teresa Magbanua, que estava em operação de patrulha marítima, em mais de 40 ocasiões

Piloto em um helicóptero AW109 da Marinha das Filipinas no convés do 'USS Carl Vinson', em exercícios no Mar do Sul da China (Handout / ARMED FORCES OF THE PHILIPPINES / AFP/AFP)

Piloto em um helicóptero AW109 da Marinha das Filipinas no convés do 'USS Carl Vinson', em exercícios no Mar do Sul da China (Handout / ARMED FORCES OF THE PHILIPPINES / AFP/AFP)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 11 de fevereiro de 2024 às 16h42.

A Guarda Costeira das Filipinas denunciou manobras perigosas de navios chineses no Mar do Sul da China, em meio à disputa que é mais um ponto de tensão entre a Pequim e Estados Unidos.

De acordo com Manila, quatro embarcações da Guarda Costeira da China seguiram o navio Teresa Magbanua, que estava em operação de patrulha marítima, em mais de 40 ocasiões. "Essas embarcações realizaram manobras perigosas e de bloqueio no mar quatro vezes, cruzando a proa da embarcação da Guarda Costeira das Filipinas duas vezes", diz o comunicado.

O navio patrulha filipino foi enviado para navegar perto do atol de Scarborough, a cerca de 350 quilômetros de Manila. Pequim tomou a área das Filipinas em 2012, depois de um impasse com as Filipinas e, desde então, mantém destacamento constante da sua Guarda Costeira.

Em resposta às acusações, a China afirmou que a patrulha filipina "entrou ilegalmente" em águas chinesas várias vezes, disse o porta-voz da Guarda Costeira Gan Yu.

"A Guarda Costeira chinesa, vendo que os seus avisos não eram suficientes, agiu de acordo com a lei para controlar o avanço do navio filipino e forçá-lo a partir", acrescentou.

Pequim ignora uma decisão judicial contrária e reivindica a quase totalidade dessas águas, que são essenciais para o comércio global, em disputa com outros países costeiros como Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei. Para reforçar sua posição, enviou patrulhas e construiu ilhas artificiais que foram militarizadas.

As relações entre Manila e Pequim se deterioraram sob a presidência Ferdinand Marcos Júnior, que tomou posse em 2022 e tentou melhorar os laços com o seu aliado tradicional, os Estados Unidos, se opondo às ações chinesas no Mar do Sul da China. Em outubro passado, um navio filipino e uma embarcação da guarda-costeira chinesa colidiram perto de um recife disputado. Os dois lados trocaram acusações.

Washington tem acordos de segurança com diversos países asiáticos, como as Filipinas. E a crescente presença militar chinesa em águas que foram durante muito tempo dominadas pela frota dos Estados Unidos é mais um ponto de tensão entre as potências.

Acompanhe tudo sobre:FilipinasChinaTaiwan

Mais de Mundo

Trump critica democratas durante encontro com Netanyahu na Flórida

Milei diz que a Argentina apoia o povo venezuelano em sua 'luta pela liberdade'

Venezuela fecha fronteiras terrestres e barra entrada de avião com ex-presidentes do Panamá e México

Por que Kamala Harris é 'brat' — e como memes podem atrair o voto dos jovens e da geração Z

Mais na Exame