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EUA fazem alerta a cidadãos na Tanzânia após repressão contra gays

A embaixada dos EUA na Tanzânia aconselhou os americanos a revisarem seus perfis de mídia social após o país anunciar a repressão à homossexualidade

EUA:  país promissor  para engenheiros (foto/Thinkstock)

EUA: país promissor para engenheiros (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 4 de novembro de 2018 às 17h44.

Dar Es Salaam - Os Estados Unidos alertaram seus cidadãos na Tanzânia a serem cautelosos depois que a capital comercial Dar es Salaam anunciou a repressão à homossexualidade, que é uma ofensa criminal no país do Leste da África.

Em um alerta em seu site na noite de sábado, a embaixada dos EUA na Tanzânia aconselhou os norte-americanos a revisarem seus perfis de mídia social e rastros na Internet.

"Remova ou proteja imagens e linguagem que possam entrar em conflito com as leis da Tanzânia em relação a práticas homossexuais e atividade sexual explícita", afirmou.

O alerta diz que qualquer cidadão dos EUA que for detido ou preso devem assegurar que as autoridades da Tanzânia informem a embaixada norte-americana.

O chefe administrativo de Dar es Salaam, Paul Makonda, disse na quarta-feira que uma comissão especial procuraria identificar e punir homossexuais, prostitutas e fraudadores online na cidade a partir desta semana.

Em outubro do ano passado, pelo menos 12 homens foram presos em um hotel em Dar es Salaam, em um ataque a uma reunião que, segundo as autoridades, promoveria relações entre pessoas do mesmo sexo.

O presidente John Magufuli tem reprimido a homossexualidade desde que conquistou o poder em 2015, e uma condenação por ter "conhecimento carnal de qualquer pessoa contra a ordem da natureza" poderia levar a uma sentença de até 30 anos de prisão.

A homossexualidade continua a ser um tabu em grande parte da África e os gays enfrentam discriminação ou perseguição, com grupos de direitos frequentemente relutantes em falar publicamente em defesa dos direitos dos homossexuais.

No vizinho Quênia, uma condenação pode levar a uma pena de prisão de 14 anos, embora nos últimos anos os defensores dos direitos de lésbicas, bissexuais, gays e transgêneros (LGBT) tenham se tornado cada vez mais ativos.

Uganda aboliu a pena de morte para homossexualidade em 2013, mas algumas ofensas ainda são punidas com prisão perpétua.

Em 2016, a Tanzânia proibiu organizações não-governamentais de distribuir lubrificantes gratuitos para gays como parte dos esforços para controlar a disseminação do HIV/ Aids, embora alguns especialistas em saúde alertem que o fechamento desses programas poderia colocar a população em geral em maior risco de infecção.

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