Obama e Netanyahu: é 1ª vez que eles se reúnem desde recente conflito entre Israel e Hamas (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2014 às 16h41.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se pressionaram nesta quarta-feira a respeito de pontos de tensão na relação dos dois países.
Obama pediu o fim das mortes de civis palestinos e o líder israelense alertou das consequências de permitir que o Irã mantenha sua capacidade nuclear.
Durante encontro na Casa Branca, autoridades de Israel anunciaram planos de avançar na construção de um assentamento no leste de Jerusalém.
A prefeitura de Jerusalém declarou que vai continuar com a construção de cerca de 2.500 casas em Givat Hamatos.
O projeto é controverso porque completaria a parte de áreas judaicas que separam Jerusalém da cidade palestina de Bethlehem.
O encontro desta quarta-feira marca a primeira vez que Obama e Netanyahu se reúnem desde o recente conflito entre Israel e Hamas, que matou mais de 2.100 palestinos, a maioria civis, e mais de 70 israelenses.
Obama afirmou que líderes devem "encontrar caminhos para mudar o status quo de modo que os cidadãos de Israel estejam protegidos em suas casas e crianças em suas escolas, da possibilidade de um ataque de foguete, mas que também não tenhamos a tragédia de crianças palestinas sendo mortas".
Espera-se que a reunião dos líderes tenha como foco as negociações lideradas pelos EUA sobre a questão nuclear com o Irã.
Israel vê a tentativa do Irã de construir armas nucleares como uma ameaça existencial e Netanyahu reiterou seu ceticismo de que o processo diplomático vai permitir que Teerã mantenha seu programa nuclear intacto.
Obama e Netanyahu também devem discutir a campanha militar liderada pelos EUA contra o grupo extremista estado Islâmico no Iraque e na Síria, que o líder israelense afirmar "apoiar completamente".
Também está na pauta do encontro os esforços para estabelecer a paz entre Isreal e os palestinos.
O processo retrocedeu este ano e há poucos sinais de que ambos os lados estão dispostos a retomar as negociações. Fonte: Associated Press.