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EUA e Cuba voltam a se reunir com tensões sobre Venezuela

Chefe da diplomacia americana para a América Latina realizará um encontro a portas fechadas com a diretora dos Estados Unidos da chancelaria cubana

A chefe da diplomacia americana para a América Latina, Roberta Jacobson: Jacobson e Vidal não planejam falar com a imprensa ao término destas negociações (Brendan Smialowski/AFP)

A chefe da diplomacia americana para a América Latina, Roberta Jacobson: Jacobson e Vidal não planejam falar com a imprensa ao término destas negociações (Brendan Smialowski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 10h32.

Havana - Representantes dos Estados Unidos e de Cuba se reunirão nesta segunda-feira em Havana em novas negociações visando ao restabelecimento de relações diplomáticas após meio século, no momento em que os dois países têm divergências em relação à Venezuela.

Após dois ciclos de discussões em janeiro e fevereiro em Havana e Washington, a chefe da diplomacia americana para a América Latina, Roberta Jacobson, realizará um encontro a portas fechadas com a diretora dos Estados Unidos da chancelaria cubana, Josefina Vidal.

"As partes estiveram em contato desde sua última reunião, em fevereiro, em Washington", destacou o Departamento de Estado ao anunciar a reunião.

"Está no melhor interesse dos dois países que as relações diplomáticas sejam estabelecidas e que as embaixadas sejam reabertas", expressou um funcionário do Departamento.

Diferentemente das duas rodadas de discussões anteriores, Jacobson e Vidal não planejam falar com a imprensa ao término destas negociações, o que sugere que não haverá espaço para grandes anúncios.

Após o anúncio histórico de 17 de dezembro da aproximação entre ambos os países após mais de meio século, o presidente americano, Barack Obama, busca a reabertura das embaixadas antes da Cúpula das Américas, prevista para os dias 10 e 11 de abril no Panamá, à qual Cuba foi convidada pela primeira vez.

Mas as novas sanções adotadas na semana passada por Washington contra oito funcionários de alto escalão da Venezuela e as declarações de Obama classificando a situação no país como uma "ameaça extraordinária e incomum à segurança nacional e à política exterior dos Estados Unidos" podem frustrar estes planos.

Havana se apressou em sair em defesa de seu estreito aliado político e econômico, acusando Washington de intervir em assuntos internos de Caracas, e classificando estas sanções de arbitrárias e agressivas.

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