EUA buscam acordo global na COP21 para substituir Kyoto
O objetivo do encontro é exatamente conseguir um documento que substitua o Protocolo de Kyoto, negociado em 1997 e vigente desde 2005
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2015 às 09h47.
Washington - Segundo país que mais polui em todo o mundo, os Estados Unidos deram um passo certeiro na luta contra a mudança climática e buscarão em Paris um acordo global, após se negarem a ratificar o Protocolo de Kyoto .
"Buscaremos um acordo que seja ambicioso, efetivo, justo e durável", afirmou o enviado especial dos EUA para a mudança climática, Todd Stern, ao se referir à COP 21, cúpula que acontecerá em Paris de 30 de novembro a 11 de dezembro e que deve ser a última chance de os países conterem o aquecimento do planeta.
O objetivo do encontro é exatamente conseguir um documento que substitua o Protocolo de Kyoto, negociado em 1997 e vigente desde 2005, mas que os Estados Unidos nunca ratificaram.
À época, a intenção era de que os países desenvolvidos reduzissem suas emissões de gases causadores do efeito estufa em 5% até 2012 com relação aos níveis de 1999, mas depois o prazo foi estendido a 2020.
Agora, em Paris, a comunidade internacional deverá entrar em acordo sobre um novo modelo para continuar protegendo o meio ambiente e nesse sentido a ação dos Estados Unidos é decisiva.
O acordo de Paris entraria em vigor em 2020 para perdurar até 2050, e o objetivo é que a temperatura do planeta não aumente mais de dois graus no final de século.
Entre os mais de 150 chefes de Estado e de governo que participarão da reunião na capital francesa estará o presidente americano Barack Obama, que considera a luta contra a mudança climática uma prioridade de seu governo.
O assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, afirmou que Obama quer que a 21ª Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre a Mudança Climática (UNFCCC) apresente um "ambicioso acordo marco" contra o aquecimento global.
Segundo sua opinião, trata-se de um "problema urgente" para a "segurança nacional, e para a economia dos Estados Unidos e do resto do mundo".
Um sinal desse empenho é a reunião que Obama terá em Paris antes do início da cúpula com o presidente da China, Xi Jinping, levando em conta que o gigante asiático é o maior emissor de gases poluentes.
Obama e Xi chegaram no ano passado a um acordo histórico para que as emissões de gases poluentes da China atinjam seu máximo em 2030 e depois comecem a ser reduzidos gradativamente.
Por outro lado, o governo de Obama fixou para 2025 diminuir suas emissões de 26% a 28% com relação a 2005.
Os gases poluentes que estes dois países jogam na atmosfera preocupam a União Europeia.
Nesse sentido, o comissário europeu para a Mudança Climática, Miguel Arias Cañete, disse que "o perigo é que China e Estados Unidos pactuem um acordo-base".
Stern, enviado especial dos EUA a Paris, reconheceu que o financiamento representa "um dos temas mais controversos", pois em teoria essa carga recairia sobre os países desenvolvidos.
Apesar dos desafios, o governo americano se esforçará para evitar "um acordo que seja apenas de mínimos e adie demais as decisões para o futuro", respondeu Stern às exigências da União Europeia.
Washington - Segundo país que mais polui em todo o mundo, os Estados Unidos deram um passo certeiro na luta contra a mudança climática e buscarão em Paris um acordo global, após se negarem a ratificar o Protocolo de Kyoto .
"Buscaremos um acordo que seja ambicioso, efetivo, justo e durável", afirmou o enviado especial dos EUA para a mudança climática, Todd Stern, ao se referir à COP 21, cúpula que acontecerá em Paris de 30 de novembro a 11 de dezembro e que deve ser a última chance de os países conterem o aquecimento do planeta.
O objetivo do encontro é exatamente conseguir um documento que substitua o Protocolo de Kyoto, negociado em 1997 e vigente desde 2005, mas que os Estados Unidos nunca ratificaram.
À época, a intenção era de que os países desenvolvidos reduzissem suas emissões de gases causadores do efeito estufa em 5% até 2012 com relação aos níveis de 1999, mas depois o prazo foi estendido a 2020.
Agora, em Paris, a comunidade internacional deverá entrar em acordo sobre um novo modelo para continuar protegendo o meio ambiente e nesse sentido a ação dos Estados Unidos é decisiva.
O acordo de Paris entraria em vigor em 2020 para perdurar até 2050, e o objetivo é que a temperatura do planeta não aumente mais de dois graus no final de século.
Entre os mais de 150 chefes de Estado e de governo que participarão da reunião na capital francesa estará o presidente americano Barack Obama, que considera a luta contra a mudança climática uma prioridade de seu governo.
O assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, afirmou que Obama quer que a 21ª Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre a Mudança Climática (UNFCCC) apresente um "ambicioso acordo marco" contra o aquecimento global.
Segundo sua opinião, trata-se de um "problema urgente" para a "segurança nacional, e para a economia dos Estados Unidos e do resto do mundo".
Um sinal desse empenho é a reunião que Obama terá em Paris antes do início da cúpula com o presidente da China, Xi Jinping, levando em conta que o gigante asiático é o maior emissor de gases poluentes.
Obama e Xi chegaram no ano passado a um acordo histórico para que as emissões de gases poluentes da China atinjam seu máximo em 2030 e depois comecem a ser reduzidos gradativamente.
Por outro lado, o governo de Obama fixou para 2025 diminuir suas emissões de 26% a 28% com relação a 2005.
Os gases poluentes que estes dois países jogam na atmosfera preocupam a União Europeia.
Nesse sentido, o comissário europeu para a Mudança Climática, Miguel Arias Cañete, disse que "o perigo é que China e Estados Unidos pactuem um acordo-base".
Stern, enviado especial dos EUA a Paris, reconheceu que o financiamento representa "um dos temas mais controversos", pois em teoria essa carga recairia sobre os países desenvolvidos.
Apesar dos desafios, o governo americano se esforçará para evitar "um acordo que seja apenas de mínimos e adie demais as decisões para o futuro", respondeu Stern às exigências da União Europeia.