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EUA anunciam plano para reduzir emissões de carbono

O governo dos Estados Unidos anunciou um ambicioso plano para reduzir as emissões de dióxido de carbono de suas centrais termoelétricas


	Poluição: é a proposta mais ambiciosa em matéria de proteção ambiental feita nos EUA
 (Getty Images)

Poluição: é a proposta mais ambiciosa em matéria de proteção ambiental feita nos EUA (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 13h10.

Washington - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira um ambicioso plano para reduzir as emissões de dióxido de carbono de suas centrais termoelétricas em 30% até 2030.

A Agência de Proteção Meio Ambiental (EPA, na sigla em inglês) disse que os estados poderão aplicar a nova legislação, que deverá entrar em vigor somente em 2016, com flexibilidade.

A decisão do presidente Barack Obama de recorrer a sua autoridade executiva com esta iniciativa, se esquivando do Congresso, gerou uma série de críticas por parte da oposição republicana e, por isso, deverá supor o início de uma nova batalha legal.

Trata-se da proposta mais ambiciosa em matéria de proteção ambiental já feita por um presidente americano, com a qual Obama procura marcar seu legado contra da mudança climática.

"Podemos elevar o denominador comum por uma economia mais limpa e baixa em emissões de carbono que impulsione o crescimento nas próximas décadas", disse Gina McCarthy, diretora da EPA, em seu discurso prévio ao ato oficial, que será realizado hoje mesmo em Washington.

Os estados terão capacidade para definir sua combinação de fontes de energia para alcançar este objetivo através da promoção de energias renováveis, do aumento do uso de gás natural, do aumento da eficiência energética e de um sistema nacional de troca de licenças de emissões.

Neste aspecto, até 2020, as autoridades indicam que as emissões de carbono devem ser reduzidas em 20%.

Neste fim de semana, ao lembrar que cerca de 40% da poluição nos Estados Unidos provém das usinas de energia, Obama justificou a aplicação de seu plano, embora alguns legisladores republicanos já tenham demostrado rejeição à legislação e anunciaram que tomarão ações para frear sua aplicação, principalmente com o argumento de representará a eliminação de milhares de postos de trabalho.

Os governadores de alguns estados com forte dependência do carvão ou da eletricidade gerada com este mineral, como Kansas, Kentucky ou Virgínia, também se mostraram críticos ao plano.

A câmara de Comércio americana também expressou sua oposição à medida, ao prever que a mesma custará cerca US$ 50 bilhões ao ano à economia, além de aumentar os custos da energia.

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