Mundo

Os EUA afirmam que mantêm comunicação com Irã e que ambos estão 'em via diplomática'

Catar tem sido o principal mediador, em coordenação com o governo americano, entre Irã e Israel para facilitar o diálogo e a adoção de um cessar-fogo

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 26 de junho de 2025 às 17h13.

Última atualização em 26 de junho de 2025 às 17h44.

Tudo sobreEstados Unidos (EUA)
Saiba mais

A Casa Branca assegurou nesta quinta-feira que mantém a comunicação com o Irã e que está "em uma via diplomática" com Teerã para chegar a possíveis acordos depois que Washington bombardeou três instalações nucleares iranianas no último fim de semana.

"O presidente [Donald Trump] quer a paz, ele sempre quis, e neste momento estamos em uma via diplomática com o Irã. O presidente e sua equipe, particularmente o enviado especial [para o Oriente Médio, Steve] Witkoff, continuam a se comunicar com os iranianos", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em entrevista coletiva.

Questionada sobre possíveis datas depois que o próprio Trump disse que poderia haver contatos com Teerã na próxima semana e que um acordo com o Irã não é mais estritamente necessário por causa dos danos ao seu programa atômico, a porta-voz comentou que era muito cedo para oferecer detalhes.

"Sejam pacientes. Acabamos de realizar esse ataque no sábado à noite", afirmou, referindo-se ao bombardeio dos EUA às usinas de enriquecimento de urânio do Irã em Isfahan, Natanz e Fordow.

Leavitt insistiu que havia conversado "extensivamente" com Steve Witkoff nesta manhã e que, além do Irã, há uma comunicação contínua com "o Catar, que tem sido um aliado e parceiro incrível durante todo esse processo".

O Catar tem sido o principal mediador, em coordenação com os EUA, entre Irã e Israel para facilitar o diálogo e a adoção de um cessar-fogo na segunda-feira.

A porta-voz explicou que Washington também está em contato com seus parceiros no Golfo Pérsico e no mundo árabe com o objetivo de "chegar a um acordo com o Irã sobre nossa aliança com o Estado de Israel".

"Eu diria que a amizade e a parceria entre os EUA e o Estado de Israel nunca foram tão fortes. E vemos uma nova era na qual talvez alguns desses Estados do Golfo e do mundo árabe possam aderir aos Acordos de Abraão", explicou Leavitt, referindo-se aos pactos para normalizar as relações com o Estado judeu que já foram assinados por países como Emirados Árabes, Sudão, Bahrein e Marrocos.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)IrãGuerrasOriente MédioIsrael

Mais de Mundo

Como a crise entre Brasil e EUA escalou em poucos dias com reunião do Brics

Tarifas de Trump trarão prejuízos à indústria e Brasil precisa negociar, diz CNI

Lula diz a Trump que Brasil responderá com 'reciprocidade' se tarifas subirem

Imprensa internacional repercute carta e tarifas de Trump contra o Brasil: ‘destemperada’