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EUA admitem que Coreia do Norte não iniciou processo de desmonte nuclear

John Bolton, assessor de segurança nacional de Donald Trump, disse que a Coreia do Norte não fez progressos adequados para acabar com seu programa nuclear

EUA e Coreia do Norte: Trump e Kim assinaram declaração que abre as portas para a desnuclearização da Coreia do Norte (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 20h25.

Washington - O governo dos Estados Unidos admitiu nesta terça-feira que a Coreia do Norte não começou o processo de desmonte de suas estruturas nucleares, dois meses após o histórico encontro dos presidentes dos dois países, Donald Trump e Kim Jong-un.

John Bolton, assessor de segurança nacional do presidente americano, disse que a Coreia do Norte não fez progressos adequados para acabar com seu programa nuclear.

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"Os Estados Unidos cumpriram a declaração de Singapura. Só a Coreia do Norte não deu os passos que consideramos necessários para que se desnuclearize", afirmou Bolton em entrevista à rede de televisão "Fox News".

Na histórica cúpula de 12 de junho, em Singapura, Trump e Kim assinaram uma declaração que abre as portas para a desnuclearização da Coreia do Norte em troca de que os EUA concedam garantias para a sobrevivência do país asiático, mas não especifica mecanismos ou prazos concretos para que esses objetivos sejam alcançados.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou em julho no Congresso que a "desnuclearização completa e verificada" da península coreana deve ser concluída antes de 2020, quando termina o primeiro mandato de Trump .

Nos últimos dias, a Casa Branca manifestou a intenção de manter as pressões diplomática e econômica sobre a Coreia do Norte, depois que foi revelado um relatório confidencial das Nações Unidas que garante que Pyongyang contínua desenvolvendo programas nucleares e de mísseis.

O ceticismo sobre a desnuclearização da Coreia do Norte aumentou nos EUA desde que alguns veículos de imprensa informaram no final de junho, citando fontes de serviços de inteligência, que o país asiático continuou enriquecendo urânio após o encontro entre Trump e Kim, e que estaria tentando esconder dos olhos de Washington boa parte do seu arsenal.

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