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ETA entrega 120 armas e 3 toneladas de explosivos

Os mediadores no desarmamento do grupo terrorista basco ETA as coordenadas de oito lugares onde se encontra o arsenal do ETA

Policiais franceses recolhem arsenal do ETA (Regis Duvignau/Reuters)

Policiais franceses recolhem arsenal do ETA (Regis Duvignau/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de abril de 2017 às 10h18.

Última atualização em 8 de abril de 2017 às 10h25.

Bayonne - Os denominados "mediadores" no desarmamento do grupo terrorista basco ETA assinalaram neste sábado que entregaram ao Comitê Internacional de Verificação (CIV) as "coordenadas de oito lugares onde se encontra o arsenal do ETA", integrado por 120 armas de fogo, três toneladas de explosivos e milhares de munições e detonadores.

Pouco depois do anúncio realizado no cinema Atalante, na cidade de Bayonne, pelo porta-voz do CIV, Ram Manikkalingam, que recebeu dos representantes sociais basco-franceses, que assumiram o trabalho de "mediar" com o grupo, a informação sobre os arsenais, dois integrantes do grupo de Louhossoa, que se autodenominam "artesãos da paz", Mixel Behorcoirigoin e Michel Tubiana, informaram em entrevista coletiva sobre alguns detalhes do processo.

Tubiana indicou que o grupo de Louhossoa "não se limitou a realizar este trâmite", mas enviaram 172 "observadores" aos lugares onde estão os depósitos do ETA para "credenciar e comprovar que as autoridades francesas vão se apropriar" dos arsenais.

Neste sentido, Tubiana assinalou que, enquanto acontecia esta entrevista coletiva, os "observadores já estavam" nas localizações dos depósitos e acrescentou que, "em alguns deles, as forças de segurança francesas já tinham entrado em ação e em outros" os enviados aos esconderijos de armas "ainda estão esperando".

Tubiana disse que, por enquanto, não é possível detalhar os lugares aos quais as autoridades francesas já chegaram, a quem pediram "rapidez" para que os "observadores" possam voltar a Bayonne como está previsto.

O "artesão da paz" mostrou sua satisfação pelo fato de o governo francês "não ter colocado problemas", mas lamentou "que o grupo não tenha conseguido coordenar" o processo com os responsáveis do Executivo francês.

Behorcoirigoin e Tubiana se negaram a oferecer detalhes sobre as armas contidas nos esconderijos e se estes se encontram em casas particulares, e se limitaram a assinalar que "nem todos os arsenais estão no País Basco francês".

Os dois também não esclareceram se algumas das armas foram utilizadas em algum atentado.

Estas questões "não são essenciais" e "só servem para alimentar investigações policiais", assinalou Tubiana.

"Haverá tempo para fazer um inventário. O importante agora é que o ETA está desarmado", reiterou Tubiana, que enfatizou que a "jornada" de hoje em Bayonne se desenvolve "de maneira estupenda" e que o trabalho do grupo de "intermediadores" ao qual pertence "concluiu hoje".

Os autodenominados "artesãos da paz" agradeceram o papel desenvolvido pelo prefeito de Bayonne, Jean René Etchegaray, que "facilitou" o processo e "dedicou tempo e energia para que a jornada seja um sucesso".

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