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Na estreia da campanha, Serra tenta neutralizar caso do vice

Curitiba - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, usou o seu primeiro dia de campanha oficial nesta terça-feira para tentar minimizar um potencial impacto negativo de sua decisão de substituir o senador paranense Alvaro Dias (PSDB) pelo deputado Indio da Costa (DEM-RJ) na vaga de vice em sua chapa. Serra iniciou […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Curitiba - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, usou o seu primeiro dia de campanha oficial nesta terça-feira para tentar minimizar um potencial impacto negativo de sua decisão de substituir o senador paranense Alvaro Dias (PSDB) pelo deputado Indio da Costa (DEM-RJ) na vaga de vice em sua chapa.

Serra iniciou a campanha presidencial na capital do Paraná, sexto maior colégio eleitoral do país, com 7,5 milhões de eleitores. A campanha da principal adversária de Serra, Dilma Rousseff, aposta justamente no Estado para melhorar o desempenho da petista no Sul, região do país em que ela pior aparece nas pesquisas de intenção de voto.

"É uma forma de mostrar o prestígio (do Estado) por conta do episódio do Alvaro, para não ficar nenhuma dúvida", comentou à Reuters o deputado Gustavo Fruet (PSDB), candidato a senador pelo Estado.

Segundo o parlamentar, há também outras razões para Serra iniciar sua campanha no Paraná. Ele lembrou que o palanque tucano no Estado é forte, pois o candidato a governador é o popular ex-prefeito de Curitiba Beto Richa, líder nas pesquisas. Além disso, complementou, Curitiba é considerada uma boa cidade para avaliar o lançamento de produtos ou novidades por ter um perfil semelhante à média da população nacional.

O senador Alvaro Dias não acompanhou as atividades de Serra em Curitiba. Ele iria ocupar a vice, mas a escolha do tucano deflagrou uma crise com o DEM, que exigia o posto.

A indicação poderia fazer com que o irmão de Alvaro, o também senador Osmar Dias (PDT), concorresse à reeleição na chapa tucana. No entanto, o pedetista acabou decidindo disputar o governo do Paraná e oferecer um palanque para Dilma, levando o PSDB a substituir seu irmão pelo deputado do DEM do Rio, Indio da Costa.

"Num primeiro momento, (Alvaro Dias) foi a minha escolha. Mas isso pressupunha um arranjo político que foi desfeito não por nossa vontade", disse Serra a jornalistas depois de negar ligação entre a escolha de Curitiba para iniciar a campanha e o episódio envolvendo a indicação de seu vice.

Durante discurso em evento sobre assistência social, o candidato voltou ao tema. "Eu trabalhei duro para fazer uma união de todos os paranaenses. Infelizmente, não deu certo, mas essa solução que se encontrou aqui, essa solução política, é extraordinária", disse, referindo-se à chapa com Beto Richa, o senador Flavio Arns (PSDB) para vice, Fruet para o Senado, além do deputado Ricardo Barros (PP) também para o Senado.

Na semana anterior, ele já havia colocado em prática a estratégia. Ligou na quinta-feira à noite para Beto Richa para convidá-lo a assistir ao jogo da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo contra a Holanda. O local escolhido? Londrina, um dos redutos eleitorais de Alvaro Dias.

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