Esteban Lazo é reeleito como presidente do parlamento de Cuba
Além de Lazo, a vice-presidente e a secretária da ANPP também foram reeleitas, reforçando a continuidade do legado da Revolução Cubana
EFE
Publicado em 18 de abril de 2018 às 14h10.
Última atualização em 18 de abril de 2018 às 14h36.
Havana - Político negro que ocupa o cargo mais alto da política em Cuba , Esteban Lazo foi reeleito nesta quarta-feira para um segundo mandato como presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP), o parlamento do país.
A reeleição de Lazo, de 74 anos, reforça a mensagem de continuidade do legado da Revolução Cubana, ainda liderada por Raúl Castro, que será substituído amanhã na presidência do país por um líder que será eleito pelo parlamento recém-empossado.
Ana María Mari Machado, de 54 anos, e Miriam Brito, de 57, também foram reeleitas como vice-presidente e secretária da ANPP, respectivamente. Dessa forma, o parlamento terá a mesma direção da legislatura anterior pelos próximos cinco anos.
Os três foram os únicos candidatos aos cargos.
"Agradeço a honra que nos conferem ao nos escolher para tal cargo", disse o veterano político no discurso de posse.
Lazo reafirmou o compromisso de trabalhar para manter os ideais de Fidel Castro para construir uma sociedade "independente, soberana, socialista, democrática, próspera e sustentável".
Presidente da Assembleia Nacional Poder Popular há cinco anos, Lazo é deputado desde 1981. Nascido em Jovellanos em 26 de fevereiro de 1944, o veterano político é um dos homens fortes do Partido Comunista Cubano e membro do Birô Político.
Lazo receberá uma legislatura renovada, com 56,04% dos parlamentares no primeiro mandato. A maior parte deles, 87,6%, nasceu depois de 1959, quando a Revolução Cubana já havia ocorrido.
A média de idade da nova Assembleia é de 49 anos e a maioria das deputadas é mulher (53,2%). Dessa forma, Cuba é o segundo país na lista de representação das mulheres no Legislativo.
Durante a história sessão, o parlamento elegerá também o Conselho de Estado e o novo presidente do país, que pela primeira vez em quase 60 anos não terá o sobrenome Castro.
Apesar da votação e da apuração ocorrerem no mesmo dia, os resultados só serão divulgados amanhã.