O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) - o banco central americano - manteve, nesta terça-feira (7/8), os juros básicos da economia em 5,25% ao ano, interrompendo uma série de 17 elevações seguidas na taxa. Apenas um dos membros do comitê votou a favor de um aumento de 0,25 ponto percentual, enquanto outros 9 se manifestaram contrários a qualquer reajuste.

Sob a gestão de Ben Bernanke, atual presidente do Fed, já foram três reajustes nos juros, mas para essa reunião a maior aposta do mercado era mesmo de que o comitê interromperia a seqüência de alta. Na sexta-feira (4/8), os mercados futuros dos Estados Unidos deram uma probabilidade de mais de 80% à manutenção da atual taxa básica.

A interrumpção das elevações nos juros não representa necessariamente, no entanto, o fim de um ciclo de aperto monetário no país, usado para conter o aquecimento da economia e evitar que a inflação se agigante. O Fed sinalizou que continua inclinado a manter as taxas em ala se a economia assim exigir.

 "Parece que as pressões inflacionárias ficaram mais moderadas com o tempo", afirmou o Fomc em um comunicado, apesar de admitir que "ainda há certos riscos". Qualquer ajuste na política no futuro dependerá da conjuntura econômica, acrescentou o comitê.

Na última quinta-feira (3/8), a Europa viu o Banco Central Europeu (BCE) elevar os juros da economia em mais 0,25 ponto percentual, para 3% ao ano. Foi a quarta alta consecutiva em 2006. A Inglaterra também anunciou aumento em seus juros básicos. No mesmo dia - a taxa subiu 0,25 ponto percentual e alcançou o patamar de 4,75% ao ano.