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Estados Unidos acumulam 40% da "dívida ambiental" do mundo

A conclusão é de estudo de pesquisadores da Universidade Concordia de Montreal, divulgado pela "Nature Climate Change"

Rapaz com venda no olho que diz "caos climático" em protesto contra mudanças climáticas (Getty Images/Getty Images)

Rapaz com venda no olho que diz "caos climático" em protesto contra mudanças climáticas (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de setembro de 2015 às 16h56.

Londres – Os Estados Unidos acumulam 40% da "dívida climática" mundial pelos danos causados ao meio ambiente, aponta estudo divulgado nesta segunda-feira pela "Nature Climate Change".

A análise foi realizada por um grupo de pesquisadores da Universidade Concordia de Montreal, no Canadá, que estimou os débitos climáticos dos países e quanto deveriam pagar pelos danos ambientais causados ao planeta.

Os autores explicaram no relatório como os países que contribuíram para o fenômeno em maior medida adquiriram uma dívida ambiental com as outras nações que tiveram participação menor no aquecimento global.

Além disso, o estudo sugere que as dívidas ambientais - que incluem a exploração dos recursos naturais, a poluição ou a emissão de gases estufa - sejam utilizadas para decidir quem deve pagar pelos custos globais da mudança climática.

O relatório afirma que os países com maior dívida de carbono, ou seja, aqueles que contribuíram em maior medida à mudança climática por meio da emissão de CO2, são os EUA, Rússia, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Austrália.

Por outro lado, os países "credores" da dívida pelas baixas emissões de gases poluentes são Índia, Indonésia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, Brasil e China.

"Se colocamos a mudança climática em termos de dívida e crédito de cada país, podemos ver quais contribuíram em maior ou menor medida ao aquecimento global, através do tempo, em relação a sua parte da população mundial", explicou Damond Matthews, pesquisador do Departamento de Geografia, Urbanismo e Meio Ambiente da Universidade de Concórdia.

Para estabelecer as diferenças nas emissões e as responsabilidades históricas do ano ambiental, Matthews e sua equipe calcularam os débitos de carbono de cada país tomando como base os registros de emissões per capita desde 1990.

A partir dessa data, os pesquisadores comprovaram como as emissões aumentaram em todos os países devedores em 250 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Segundo o estudo, o "custo social" das emissões é de, aproximadamente, US$ 40 por tonelada.

"Essa estimativa de custos mostra quanto os países industrializados devem pagar aos menores emissores para que façam frente aos custos da mudança climática ou para que desenvolvam suas economias através de alternativas livres de carbono", explicou. EFE

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