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Estado Islâmico mata 28 pessoas em ataque a xiitas do Iêmen

O ataque com carro-bomba teve como alvo a casas dos irmãos Fayçal e Hamid Jayache, integrantes da rebelião xiita, onde acontecia uma cerimônia de luto

O EI, uma organização extremista sunita, considera os xiitas infiéis e tem multiplicado os ataques contra os membros desta confissão em vários países da península arábica (Taha Saleh/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 10h37.

Pelo menos 28 pessoas morreram, incluindo oito mulheres, e 35 ficaram feridas nesta terça-feira em um novo atentado do grupo Estado Islâmico (EI) contra integrantes da comunidade xiita do Iêmen .

O ataque com carro-bomba teve como alvo a casas dos irmãos Fayçal e Hamid Jayache, integrantes da rebelião xiita, onde acontecia uma cerimônia de luto.

A explosão atingiu vários veículos e edifícios próximos.

Em um comunicado, o EI reivindicou um atentado contra "um dos ninhos xiitas em Sanaa", a capital do Iêmen, que está sob controle dos rebeldes huthis.

O Estado Islâmico, uma organização extremista sunita, considera os xiitas infiéis e tem multiplicado os ataques contra os membros desta confissão em vários países da península arábica, sobretudo desde o início do Ramadã em 17 de junho.

O último destes ataques deixou 26 mortos e 227 feridos na sexta-feira passada, quando um suicida saudita detonou explosivos em uma mesquita xiita no Kuwait.

Este foi o primeiro atentado reivindicado pelo EI no Kuwait.

O grupo também assumiu a responsabilidade de dois atentados contra mesquitas xiitas no leste da Arábia Saudita em 22 e 29 de maio, que deixaram 25 mortos no total.

Um atentado anterior em Sanaa do EI matou 31 xiitas.

O grupo extremista sunita, ativo em diversos países árabes, especialmente no Iraque e na Síria, reivindicou em março uma série de atentados no Iêmen, incluindo contra mesquitas, que deixou 142 mortos.

A organização jihadista executou desta forma as ameaças que havia feito contra a comunidade xiita do Iêmen, que até o momento era alvo de um grupo rival, a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA).

O Iêmen está em uma guerra civil entre os rebeldes huthis, que desde 2014 controlam Sanaa e várias regiões do país, e forças leais ao presidente Abd Rabbo Mansour Hadi, que fugiu para a Arábia Saudita.

Em março passado, o governo da Arábia Saudita organizou uma coalizão de países árabes para impedir, com bombardeios aéreos, que os huthis controlassem o país.

O avanço dos rebeldes esbarra nos Comitês de Resistência Popular, sobretudo no sul do Iêmen.

Em Áden, a grande cidade portuária do sul do país, os combates deixaram 13 mortos nas últimas 48 horas, incluindo uma grávida e duas crianças, assim como 216 feridos, segundo fontes médicas.

Os rebeldes xiitas huthis informaram nesta terça-feira ter atingido a base militar saudita de Al-Salil, na região de Riad, com um míssil Scud.

O ataque não foi confirmado pela Arábia Saudita, que no entanto anunciou a morte de um soldado do país na segunda-feira na fronteira, vítima de disparos huthis.

"O Estado Islâmico está suplantando no Iêmen a AQPA, relegado a uma força entre outras do campo sunita e tribal do sul do Iêmen", afirmou Matihieu Guidère, especialista em países muçulmanos da Universidade de Toulouse (França).

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Pelo menos 28 pessoas morreram, incluindo oito mulheres, e 35 ficaram feridas nesta terça-feira em um novo atentado do grupo Estado Islâmico (EI) contra integrantes da comunidade xiita do Iêmen .

O ataque com carro-bomba teve como alvo a casas dos irmãos Fayçal e Hamid Jayache, integrantes da rebelião xiita, onde acontecia uma cerimônia de luto.

A explosão atingiu vários veículos e edifícios próximos.

Em um comunicado, o EI reivindicou um atentado contra "um dos ninhos xiitas em Sanaa", a capital do Iêmen, que está sob controle dos rebeldes huthis.

O Estado Islâmico, uma organização extremista sunita, considera os xiitas infiéis e tem multiplicado os ataques contra os membros desta confissão em vários países da península arábica, sobretudo desde o início do Ramadã em 17 de junho.

O último destes ataques deixou 26 mortos e 227 feridos na sexta-feira passada, quando um suicida saudita detonou explosivos em uma mesquita xiita no Kuwait.

Este foi o primeiro atentado reivindicado pelo EI no Kuwait.

O grupo também assumiu a responsabilidade de dois atentados contra mesquitas xiitas no leste da Arábia Saudita em 22 e 29 de maio, que deixaram 25 mortos no total.

Um atentado anterior em Sanaa do EI matou 31 xiitas.

O grupo extremista sunita, ativo em diversos países árabes, especialmente no Iraque e na Síria, reivindicou em março uma série de atentados no Iêmen, incluindo contra mesquitas, que deixou 142 mortos.

A organização jihadista executou desta forma as ameaças que havia feito contra a comunidade xiita do Iêmen, que até o momento era alvo de um grupo rival, a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA).

O Iêmen está em uma guerra civil entre os rebeldes huthis, que desde 2014 controlam Sanaa e várias regiões do país, e forças leais ao presidente Abd Rabbo Mansour Hadi, que fugiu para a Arábia Saudita.

Em março passado, o governo da Arábia Saudita organizou uma coalizão de países árabes para impedir, com bombardeios aéreos, que os huthis controlassem o país.

O avanço dos rebeldes esbarra nos Comitês de Resistência Popular, sobretudo no sul do Iêmen.

Em Áden, a grande cidade portuária do sul do país, os combates deixaram 13 mortos nas últimas 48 horas, incluindo uma grávida e duas crianças, assim como 216 feridos, segundo fontes médicas.

Os rebeldes xiitas huthis informaram nesta terça-feira ter atingido a base militar saudita de Al-Salil, na região de Riad, com um míssil Scud.

O ataque não foi confirmado pela Arábia Saudita, que no entanto anunciou a morte de um soldado do país na segunda-feira na fronteira, vítima de disparos huthis.

"O Estado Islâmico está suplantando no Iêmen a AQPA, relegado a uma força entre outras do campo sunita e tribal do sul do Iêmen", afirmou Matihieu Guidère, especialista em países muçulmanos da Universidade de Toulouse (França).

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