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Estado americano de Connecticut revoga a pena de morte

"Estamos convencidos de que (...) a pena de morte neste estado não representa mais os parâmetros de decência contemporâneos", aponta o documento

Cadeira utilizada na de execução de presos condenados à pena de morte: Connecticut aboliu a aplicação da pena capital em 2012 para futuros delitos, mas a revogação não era retroativa (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 17h56.

A Suprema Corte de Connecticut (nordeste dos Estados Unidos ) declarou, nesta quinta-feira, inconstitucional a pena de morte neste estado, salvando assim 11 prisioneiros que estão no corredor da morte para serem executados.

Connecticut aboliu a aplicação da pena capital em 2012 para futuros delitos, mas a revogação não era retroativa, portanto, os prisioneiros que já estavam no corredor da morte por condenações prévias não veriam suas sentenças alteradas.

A Suprema Corte de Connecticut emitiu a decisão de 92 páginas em resposta a uma apelação do assassino convicto Eduardo Santiago, que foi sentenciado à pena de morte por injeção letal em 2005.

"Estamos convencidos de que (...) a pena de morte neste estado não representa mais os parâmetros de decência contemporâneos e deixou de ser legítima com propósitos criminológicos", aponta o documento.

"Por estes motivos, a execução daqueles criminosos que cometeram crimes capitais antes de 25 de abril de 2012 violaria a proibição constitucional do estado contra o castigo cruel e incomum", completa.

Santiago foi condenado por um assassinato profissional. Em dezembro de 2000 atirou na cabeça de um homem que estava dormindo, em troca de uma moto de neve danificada.

O tribunal destacou que "não faz sentido manter a custosa farsa de um sistema de pena de morte na qual ninguém recebe pena máxima".

As linhas fazem referência à "longa e complicada história" do estado e da pena de morte - a forma na qual a sentença é imposta, mas poucas vezes cumprida - e "os preconceitos raciais, étnicos e socioeconômicos" em todo o sistema da pena capital.

"Defendemos que a pena de morte, como se aplica atualmente, viola a constituição de Connecticut", informou o tribunal.

O Centro de Informação sobre a Pena de Morte relatou que em Connecticut há atualmente 11 homens no corredor da morte.

O estado promulgou novamente a pena de morte por injeção letal em 1973, mas a primeira execução através deste método ocorreu em 2005.

Há 31 estados nos Estados Unidos que aplicam a pena de morte, embora 10 tenham negado condenar os presos com a pena máxima, o que significa que, na prática, 29 dos 50 estados do país não aplicam mais a pena capital.

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A Suprema Corte de Connecticut (nordeste dos Estados Unidos ) declarou, nesta quinta-feira, inconstitucional a pena de morte neste estado, salvando assim 11 prisioneiros que estão no corredor da morte para serem executados.

Connecticut aboliu a aplicação da pena capital em 2012 para futuros delitos, mas a revogação não era retroativa, portanto, os prisioneiros que já estavam no corredor da morte por condenações prévias não veriam suas sentenças alteradas.

A Suprema Corte de Connecticut emitiu a decisão de 92 páginas em resposta a uma apelação do assassino convicto Eduardo Santiago, que foi sentenciado à pena de morte por injeção letal em 2005.

"Estamos convencidos de que (...) a pena de morte neste estado não representa mais os parâmetros de decência contemporâneos e deixou de ser legítima com propósitos criminológicos", aponta o documento.

"Por estes motivos, a execução daqueles criminosos que cometeram crimes capitais antes de 25 de abril de 2012 violaria a proibição constitucional do estado contra o castigo cruel e incomum", completa.

Santiago foi condenado por um assassinato profissional. Em dezembro de 2000 atirou na cabeça de um homem que estava dormindo, em troca de uma moto de neve danificada.

O tribunal destacou que "não faz sentido manter a custosa farsa de um sistema de pena de morte na qual ninguém recebe pena máxima".

As linhas fazem referência à "longa e complicada história" do estado e da pena de morte - a forma na qual a sentença é imposta, mas poucas vezes cumprida - e "os preconceitos raciais, étnicos e socioeconômicos" em todo o sistema da pena capital.

"Defendemos que a pena de morte, como se aplica atualmente, viola a constituição de Connecticut", informou o tribunal.

O Centro de Informação sobre a Pena de Morte relatou que em Connecticut há atualmente 11 homens no corredor da morte.

O estado promulgou novamente a pena de morte por injeção letal em 1973, mas a primeira execução através deste método ocorreu em 2005.

Há 31 estados nos Estados Unidos que aplicam a pena de morte, embora 10 tenham negado condenar os presos com a pena máxima, o que significa que, na prática, 29 dos 50 estados do país não aplicam mais a pena capital.

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