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Esporte deve ter interino para lugar de Orlando Silva, diz governo

Gilberto Carvalho disse que atual secretário executivo do ministério deve chefiar a pasta enquanto o novo titular não é escolhido

Gilberto Carvalho confirmou que não houve acordo sobre o substituto de Orlando Silva (Valter Campanato/ABr)

Gilberto Carvalho confirmou que não houve acordo sobre o substituto de Orlando Silva (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 16h57.

Brasília - O ministro Gilberto Carvalho informou que a presidente Dilma Rousseff deverá nomear o secretário executivo da pasta, Waldemar Manoel Silva de Souza, para o ministério do Esporte, no lugar do ministro Orlando Silva, que pedirá demissão do cargo hoje (26).

De acordo com Gilberto Carvalho, nas reuniões que o governo teve com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, ontem à noite, e com o próprio ministro Orlando Silva, hoje, pela manhã, não se chegou a um acordo sobre o nome do substituto. Como não houve uma definição sobre o nome, a presidenta poderá nomear o secretário executivo como interino para poder decidir com calma. “ Pode haver situação de interinidade. É o mais provável”, disse o ministro.

A reunião de Dilma Rousseff com o ministro Orlando Silva e com representantes do PCdoB está marcada para ocorrer às 17h30 no Palácio do Planalto. Nessa reunião, Orlando deverá entregar a Dilma sua carta de demissão.

Orlando Silva enfrenta diversas denúncias de irregularidades no Ministério. Ontem (25), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido de abertura de inquérito, feito na semana passada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na avaliação do Planalto, a decisão do STF agravou a situação do ministro. “ O PCdoB disse que respeita a decisão da presidenta. Sabe que a decisão é da presidenta, e o ministro Orlando Silva foi de uma maturidade política muito grande”.

Há duas semanas, o policial militar João Dias Ferreira acusou o ministro de participar de um esquema de desvio de recursos públicos do Programa Segundo Tempo. A denúncia foi publicada pela revista Veja. Desde então, Orlando Silva vem negando participação no esquema, tendo prestado informações ao Congresso Nacional. Ele também pediu ao Ministério Público que o investigasse para garantir sua inocência.

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