Mundo

Espanha estuda contra-golpe contra governo da Catalunha

ÀS SETE - O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, se pronuncia nesta quarta-feira sobre a atrapalhada declaração de independência catalã

Catalunha: O líder da Catalunha, Carles Puigdemont, disse que aceitaria mediação internacional para a resolução do conflito

Catalunha: O líder da Catalunha, Carles Puigdemont, disse que aceitaria mediação internacional para a resolução do conflito

DR

Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2017 às 06h12.

Última atualização em 11 de outubro de 2017 às 07h14.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, se pronuncia nesta quarta-feira sobre a atrapalhada declaração de independência catalã.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

O líder da Catalunha, Carles Puigdemont, afirmou na terça-feira ao parlamento da região que o desejo popular manifestado no referendo de 1º de outubro deve ser cumprido, mas decidiu suspender os efeitos da declaração por agora e clamou por negociação com o governo espanhol.

Em seu pronunciamento, Puigdemont não deu nenhuma palavra sobre o que deve ser feito a partir de agora — apenas se limitou a dizer que aceitaria mediação internacional para a resolução do conflito.

Rajoy já chegou a afirmar que a declaração da Catalunha não teria nenhum efeito. Parte da imprensa espanhola acredita que o país poderia lançar mão do artigo 155 da Constituição, que prevê a tomada de controle por parte do governo central, caso alguma das comunidades autônomas não cumpram com suas obrigações.

As reações ao posicionamento de Puigdemont foram diversas – enquanto parte da população comemora a independência declarada e parte da oposição condena o que está chamando de “golpe”, outra parte criticou o fato de o líder ter amolecido em seu posicionamento.

O líder do Partido Socialista da Catalunha, Miquel Iceta, que faz oposição aos nacionalistas, afirmou que “não se pode suspender uma declaração que não tenha sido feita”, o que revela a confusão que se criou. O governo espanhol, com certa razão, afirma que a Catalunha não sabe para onde ir.

As coligações nacionalistas assinaram um documento em que declaram a República Catalã, com estado independente e soberano, e que agora deve buscar caminhos para efetivá-la.

A expectativa é de conseguir negociar com o governo espanhol, mas nada garante que Rajoy vai deixar de lado sua postura intransigente, que considera ilegal qualquer movimento da Catalunha realizado com base num referendo inconstitucional. O desejo de independência dos catalães que votaram pelo “sim” segue suspenso.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteCatalunhaCrise políticaEspanhaExame Hoje

Mais de Mundo

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia