Homens trabalhando em um projeto de moradia do governo em Capdevilla, Cuba, na periferia de Havana (Diego Giudice/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 15h53.
Havana - Cubanos necessitados de moradias levantaram 57,5% de todas as casas edificadas no país entre janeiro e junho de 2013, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE, na sigla em espanhol). Os 42,5% restantes foram construídos por empresas estatais, chegando a um total de 10,5 mil residências no primeiro semestre do ano passado.
Os números divulgados pelo governo de Cuba mostram uma preponderância do esforço próprio dos cidadãos na produção habitacional sobre o Estado, que continua aplicando novas fórmulas com o objetivo de tentar aliviar o déficit de moradias, um dos problemas sociais mais agudos que a nação caribenha enfrenta.
Nesta segunda-feira (6), foi anunciado na província de Matanzas que mais duas escolas de campo serão convertidas em residências. Segundo o diário oficial Granma, elas "propiciarão a quem as habitem um vínculo com a produção agrícola".
Durante várias décadas os prédios fizeram parte de um programa de intercâmbio de estudantes urbanos de ensino médio ao interior para que eles se educassem no princípio do "estudo e trabalho".
Após as aulas, os alunos realizavam atividades voluntárias nas plantações. A iniciativa foi cancelada definitivamente em 2009 e os numerosos edifícios escolares em zonas rurais foram aos poucos sendo transformados em casas ou sedes para outros projetos sociais ligados à agricultura.
Em setembro do ano passado, o governo informou que para enfrentar o seu grave problema habitacional o país teria que construir em torno de 60 mil e 70 mil residências anualmente, número muito distante das 10,5 mil que foram feitas nos seis primeiros meses de 2013. Em 2010, o déficit na área estava ao redor de meio milhão de casas.
De acordo com o Instituto Nacional de Moradia, Cuba conta com 3 milhões de residências, sendo que 61% delas estão em bom estado e o restante se encontra em condições ruins ou regulares. (ANSA)