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Equador renuncia a benefícios tarifários dos EUA

Governo de Rafael Correa recusou benefícios tarifários americanos depois de analisar pedido de asilo de Edward Snowden


	O presidente equatoriano Rafael Correa: governo afirma que "não comercializa com os princípios nem os submete a interesses mercantis, por mais importantes que estes sejam"
 (©AFP / Ho)

O presidente equatoriano Rafael Correa: governo afirma que "não comercializa com os princípios nem os submete a interesses mercantis, por mais importantes que estes sejam" (©AFP / Ho)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 11h40.

Quito - O Equador renunciou nesta quinta-feira aos benefícios tarifários concedidos pelos Estados Unidos como compensação por sua luta antidrogas, ao denunciar ameaças de setores desse país depois de sua decisão de analisar um pedido de asilo de Edward Snowden, foragido da Justiça americana, anunciou o governo.

"O Equador renuncia de maneira unilateral e irrevogável a essas preferências tarifárias ou ATPDEA", segundo declaração lida pelo secretário da Comunicação, Fernando Alvarado.

"O Equador não aceita pressões ou ameaças de ninguém, e não comercializa com os princípios nem os submete a interesses mercantis, por mais importantes que estes sejam", acrescenta a nota.

O governo de Rafael Correa recordou que as preferências do ATPDEA "foram originalmente concedidas como uma compensacão aos países andinos por sua luta contra as drogas, mas logo se converteram em um novo instrumento de chantagem".

O jornal digital El Ciudadano, da presidência equatoriana, indica que, "entre os temas com os quais se exerceram pressão, explícita e implícita, contra o Equador se encontram o asilo a Julian Assange, fundador do site WikiLeaks; a análise do pedido de asilo a Edward Snowden; e as relações bilaterais e soberanas do país sul-americano com as nações que são consideradas inimigas dos Estados Unidos".

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