Correa foi resgatado por uma operação militar que deixou vários mortos e feridos (Eduardo Santillán Trujillo/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 20h34.
A promotoria do Equador acusou nesta quarta-feira 84 militares e policiais de atentar contra a segurança do Estado durante a rebelião policial de setembro de 2010, que o presidente Rafael Correa denunciou como uma tentativa de golpe.
Vários membros da Força Aérea Equatoriana (FAE) são acusados de tomar a pista do antigo aeroporto internacional de Quito durante a revolta policial, o que obrigou a suspensão das operações.
Outros envolvidos são acusados de paralisar suas atividades durante mais de oito horas por ocasião da revolta, o que "provocou um alarme coletivo" no país, destacou o promotor Iván Ron, citado no comunicado.
Ron formulou as acusações durante audiência com o juiz David Jacho, que acolheu o pedido e proibiu a saída do país de todos os envolvidos, mas não decretou prisão preventiva contra o grupo.
"A fase de instrução durará 90 dias, tempo no qual serão recolhidos os elementos para sustentar a acusação", explicou a promotoria.
No dia 30 de setembro de 2010 centenas de policiais rebelados cercaram o presidente em um hospital situado próximo a um regimento da polícia em Quito, onde Correa se refugiou após ser agredido quando tentava aplacar um protesto exigindo melhores salários.
Correa foi resgatado por uma operação militar que deixou vários mortos e feridos.