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Enchentes deixam mais de mil mortos na Indonésia

Chuvas intensas e deslizamentos devastam Sumatra desde o fim de novembro

ACEH, INDONESIA - DECEMBER 13: A view of destroyed area at the Sunting Village, Bandar Pusaka District which was affected by flash floods and landslides, in Aceh Tamiang Regency, Aceh, Indonesia on December 13, 2025. The National Disaster Management Agency (BNPB) said that the death toll from flash floods and landslides in three provinces, Aceh, North Sumatra, and West Sumatra, reached 1006 people, 217 people were missing and the number of refugees was 199,508 people. (Photo by Riski Cahyadi/Anadolu via Getty Images)

ACEH, INDONESIA - DECEMBER 13: A view of destroyed area at the Sunting Village, Bandar Pusaka District which was affected by flash floods and landslides, in Aceh Tamiang Regency, Aceh, Indonesia on December 13, 2025. The National Disaster Management Agency (BNPB) said that the death toll from flash floods and landslides in three provinces, Aceh, North Sumatra, and West Sumatra, reached 1006 people, 217 people were missing and the number of refugees was 199,508 people. (Photo by Riski Cahyadi/Anadolu via Getty Images)

Publicado em 13 de dezembro de 2025 às 15h08.

Ao menos 1.006 pessoas morreram pelas enchentes que atingem a ilha de Sumatra, no oeste da Indonésia, enquanto 217 pessoas seguem desaparecidas em áreas devastadas por deslizamentos de terra e colapso de infraestrutura.

As operações de resgate continuam em regiões de difícil acesso, após semanas de chuvas intensas e transbordamento de rios.

Segundo a Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), cerca de 5.400 pessoas ficaram feridas, algumas em estado grave, nas províncias de Sumatra do Norte, Sumatra Ocidental e Aceh, a única do arquipélago que adota a lei islâmica (sharia). As tempestades começaram no fim de novembro e afetaram milhões de moradores.

Impacto humanitário segue elevado em Aceh e regiões isoladas

De acordo com a BNPB, o avanço dos números desacelerou nos últimos dias, após um crescimento rápido no início da tragédia, quando equipes de emergência enfrentaram dias consecutivos de chuvas fortes, ventos intensos e enchentes generalizadas. Ainda assim, a situação humanitária segue crítica em diversas áreas.

Até a sexta-feira passada, cerca de dois terços da província de Aceh permaneciam sem eletricidade, enquanto veículos da imprensa local relataram atrasos ou falhas na distribuição de ajuda em alguns abrigos. O governo mantém mais de 200 mil pessoas deslocadas em centros temporários.

Presidente promete apoio a milhões de afetados

O presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, visitou Sumatra na véspera e prometeu assistência contínua às mais de três milhões de pessoas afetadas pelas enchentes, com foco especial nas famílias que perderam suas casas.

“O governo continuará ajudando a todos. Peço desculpas se algumas áreas ainda não receberam ajuda. Estamos trabalhando arduamente”, afirmou Prabowo durante a visita, em declaração reproduzida pela agência estatal Antara.

Governo anuncia novos abrigos integrados

A BNPB informou que pretende criar abrigos integrados, reunindo em um mesmo local refeitórios, serviços de saúde, instalações sanitárias, atividades educacionais para crianças e suporte psicossocial para vítimas traumatizadas pela tragédia.

A tempestade, associada à presença de um tufão no estreito de Malaca, afetou aproximadamente 3,5 milhões de pessoas em Sumatra. O balanço preliminar aponta a destruição de cerca de 600 escolas, 400 templos, 200 unidades de saúde e mais de 100 pontes, agravando as dificuldades logísticas para o socorro às vítimas.

Governo rejeita pedido de ajuda internacional

Apesar da dimensão do desastre, o governo de Prabowo — ex-militar que assumiu a presidência recentemente — afirma ter capacidade para lidar com a crise e resiste aos pedidos de organizações não governamentais para que a Indonésia solicite ajuda internacional.

As enchentes em Sumatra fazem parte de um cenário mais amplo de eventos climáticos extremos no Sudeste Asiático. Nas últimas semanas, também foram registradas inundações severas na Tailândia, com ao menos 276 mortos, e no Sri Lanka, onde o número de mortes confirmadas chegou a 640, além de 211 desaparecidos.

*Com informações da EFE

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