As empresas de tecnologia chinesas estão chegando perto das rivais estrangeiras em produtividade, de acordo com uma pesquisa da consultoria McKinsey & Co. e a Tsinghua University, na China. A pesquisa juntou cerca de 40 itens diferentes de dados financeiros de 39.000 empresas no país, incluindo companhias locais e multinacionais estrangeiras.

Foram analisados diferentes setores da indústria tecnológica. O levantamento sugere que as chinesas estão ganhando terreno em termos de tamanho e eficiência de suas operações. De acordo com o americano The Wall Street Journal, essas empresas estão refinando processos que antes eram competitivos apenas pela abundância de mão-de-obra barata.

Entre as empresas com receita anual de 10 bilhões de yuan, a moeda chinesa (o que equivale a 1,25 bilhão de dólares), as chinesas geraram uma receita média de 421.000 yuan por trabalhador em 2005, enquanto os estrangeiros obtiveram 439.000 yuan. Em 2001, a receita por trabalhador das chinesas era de 226.000 yuan e o das estrangeiras chegava a 501.000 yuan.

Os resultados também mostram que os chineses estão se movendo dos segmentos de produtos de preço baixo e médio para os mais caros, até então dominados pelos estrangeiros. "Isso é um aviso para as multinacionais", disse o diretor do braço asiático da McKinsey, Ingo Beyer von Morgenstern. Ele afirma que a pesquisa sugere que as empresas que cresceram no radar dos competidores estrangeiros estão alcançando seus concorrentes.

Várias empresas chinesas, como a fabricante de microcomputadores Lenovo e o gigante de telecomunicações Huawei Technologies, já começaram a competir em mercados estrangeiros.