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Emissários se negam a seguir diálogo de paz no Paquistão

Emissários designados pelo governo do Paquistão para negociar a paz com os talebans locais expressaram que continuar com o processo de diálogo não faz sentido

Pishin, no oeste do Paquistão: atividade terrorista no Paquistão aumentou no último ano (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 11h23.

Islamabad - Os quatro emissários designados pelo governo do Paquistão para negociar a paz com os talebans locais expressaram nesta terça-feira que continuar com o processo de diálogo "não faz sentido" se os insurgentes não suspenderem suas ações armadas.

O comitê negociador se reuniu com o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, e lhe transferiu sua decisão de suspender os contatos com os emissários do principal grupo taleban , o TTP, enquanto continuarem os atentados da insurgência, segundo uma nota oficial.

"Tudo ia bem a princípio, mas no último dia 13 (os talebans) cometeram um atentado em Karachi no qual morreram 13 policiais. Nos reunimos nesse dia com os emissários do TTP e exigimos um imediato cessar-fogo do TTP", diz o comunicado.

"Esperávamos uma resposta e a que chegou foi a de Mohmand", disseram os delegados governamentais em referência ao anúncio de um comandante do TTP na zona tribal de Mohmand da decapitação de 23 soldados que a insurgência mantinha em cativeiro desde 2010.

"Devido às ações dos talebans, não podemos seguir com as conversas, mas estamos dispostos a voltar ao serviço do país quando o primeiro-ministro nos pedir", alegam os emissários do Executivo paquistanês em sua nota.

"Não quero acrescentar nada ao comunicado. Apenas continuamos esperando resposta do outro lado", manifestou à Efe um dos emissários do Executivo, o veterano repórter Rahimulá Yusufzai.

Desde seu início formal há 12 dias, as conversas de paz no Paquistão foram cercadas de polêmica pela intensificação das ações da insurgência, apesar de seu aparente esforço negociador.

Nas duas últimas semanas 50 pessoas morreram em ações armadas que foram reivindicadas pelo TTP ou levam a assinatura de radicais islâmicos afines a esse grupo.

Por sua vez, um porta-voz do TTP, Shahidulá Shahid, enviou hoje um comunicado a veículos de imprensa locais no qual afirma que "vários grupos" dentro do conglomerado taleban "foram contatados" para pulsar sua disposição a um cessar-fogo.

As declarações do porta-voz insurgente sugerem diferenças na insurgência, já que Shahid afirmou que a decapitação dos 23 soldados "requer uma explicação" e que será estudada pela cúpula do TTP, segundo o jornal local "Express Tribune".

Segundo o jornal, o porta-voz taleban indicou que ações desse tipo devem ser evitadas para que as conversas tenham sucesso e acrescentou que o TTP se está tomando a sério o atual processo de diálogo.

A atividade terrorista no Paquistão aumentou muito significativamente no último ano e teve fim a tendência de baixa surgida em 2010.

Segundo um relatório do Instituto Paquistanês de Estudos de Paz, no ano passado houve no país asiático mais de 1.700 atentados - 61% deles realizados pelo TTP e seus aliados - nos quais morreram cerca de 2.500 pessoas, 19% a mais que em 2012.

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Islamabad - Os quatro emissários designados pelo governo do Paquistão para negociar a paz com os talebans locais expressaram nesta terça-feira que continuar com o processo de diálogo "não faz sentido" se os insurgentes não suspenderem suas ações armadas.

O comitê negociador se reuniu com o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, e lhe transferiu sua decisão de suspender os contatos com os emissários do principal grupo taleban , o TTP, enquanto continuarem os atentados da insurgência, segundo uma nota oficial.

"Tudo ia bem a princípio, mas no último dia 13 (os talebans) cometeram um atentado em Karachi no qual morreram 13 policiais. Nos reunimos nesse dia com os emissários do TTP e exigimos um imediato cessar-fogo do TTP", diz o comunicado.

"Esperávamos uma resposta e a que chegou foi a de Mohmand", disseram os delegados governamentais em referência ao anúncio de um comandante do TTP na zona tribal de Mohmand da decapitação de 23 soldados que a insurgência mantinha em cativeiro desde 2010.

"Devido às ações dos talebans, não podemos seguir com as conversas, mas estamos dispostos a voltar ao serviço do país quando o primeiro-ministro nos pedir", alegam os emissários do Executivo paquistanês em sua nota.

"Não quero acrescentar nada ao comunicado. Apenas continuamos esperando resposta do outro lado", manifestou à Efe um dos emissários do Executivo, o veterano repórter Rahimulá Yusufzai.

Desde seu início formal há 12 dias, as conversas de paz no Paquistão foram cercadas de polêmica pela intensificação das ações da insurgência, apesar de seu aparente esforço negociador.

Nas duas últimas semanas 50 pessoas morreram em ações armadas que foram reivindicadas pelo TTP ou levam a assinatura de radicais islâmicos afines a esse grupo.

Por sua vez, um porta-voz do TTP, Shahidulá Shahid, enviou hoje um comunicado a veículos de imprensa locais no qual afirma que "vários grupos" dentro do conglomerado taleban "foram contatados" para pulsar sua disposição a um cessar-fogo.

As declarações do porta-voz insurgente sugerem diferenças na insurgência, já que Shahid afirmou que a decapitação dos 23 soldados "requer uma explicação" e que será estudada pela cúpula do TTP, segundo o jornal local "Express Tribune".

Segundo o jornal, o porta-voz taleban indicou que ações desse tipo devem ser evitadas para que as conversas tenham sucesso e acrescentou que o TTP se está tomando a sério o atual processo de diálogo.

A atividade terrorista no Paquistão aumentou muito significativamente no último ano e teve fim a tendência de baixa surgida em 2010.

Segundo um relatório do Instituto Paquistanês de Estudos de Paz, no ano passado houve no país asiático mais de 1.700 atentados - 61% deles realizados pelo TTP e seus aliados - nos quais morreram cerca de 2.500 pessoas, 19% a mais que em 2012.

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