Mundo

Emei Kung Fu Girls: Grupo chinês ganha o mundo com artes marciais e cultura

Grupo Emei Kung Fu Girls, com milhões de seguidores, une tradição e modernidade nas artes marciais

DUZCE, TURKEY - DECEMBER 10: Wushu athletes train for the Traditional Wushu Kung Fu Turkey Championship at Prusias ad Hypium ancient city in Duzce, Turkey on December 10, 2021. (Photo by Omer Urer/Anadolu Agency via Getty Images) (Anadolu Agency/Getty Images)

DUZCE, TURKEY - DECEMBER 10: Wushu athletes train for the Traditional Wushu Kung Fu Turkey Championship at Prusias ad Hypium ancient city in Duzce, Turkey on December 10, 2021. (Photo by Omer Urer/Anadolu Agency via Getty Images) (Anadolu Agency/Getty Images)

China2Brazil
China2Brazil

Agência

Publicado em 1 de novembro de 2024 às 16h19.

Tudo sobreCultura
Saiba mais

O grupo Emei Kung Fu Girls, formado por nove jovens da Geração Z dedicadas às artes marciais tradicionais chinesas, tornou-se viral nas redes sociais da China, acumulando mais de 2 milhões de seguidores desde sua estreia em abril deste ano.

À frente do grupo está Ling Yun, herdeira do Kung Fu Emei, reconhecido como patrimônio cultural imaterial nacional em 2008. Em vídeos de grande repercussão, as jovens exibem habilidades avançadas, contribuindo para preservar e valorizar esse legado cultural milenar.

No vídeo de estreia, as Emei Kung Fu Girls aparecem em uniformes verdes, realizando movimentos característicos do estilo Emei, com o icônico Monte Emei como cenário, localizado na província de Sichuan. Originada no Período das Primaveras e Outonos (770-476 a.C.), a prática encontra uma nova expressão através do grupo, que une tradição e modernidade para conquistar um público diverso.

Inovação e dedicação para a popularização do Kung Fu Emei

Desde pequena, Ling Yun praticava o Kung Fu e percebeu que a cultura Emei precisava se adaptar às estéticas contemporâneas para alcançar popularidade dentro e fora da China. Assim, a formação do grupo, composta por talentos versáteis, surgiu como estratégia de revitalizar essa herança cultural no contexto atual.

A estreia oficial das Emei Kung Fu Girls ocorreu durante a quarta Conferência de Herança das Artes Marciais Emei, em abril de 2024. Com um estilo único e funcional, os uniformes das integrantes combinam elegância e tradição, usando tons de verde-escuro e vermelho e padrões inspirados em nuvens. A cor verde homenageia a exuberância do Monte Emei, transmitindo vitalidade.

O treinamento rigoroso das integrantes envolve de 5 a 6 horas diárias, incluindo técnicas tradicionais de punhos e adagas Emei, além de outras práticas marciais. Li Jieyu, líder do grupo, relatou que as integrantes passaram por avaliações físicas e artísticas para mensurar o progresso no treinamento.

Internacionalização e impacto cultural

Em julho de 2024, o grupo fez sua estreia internacional em Paris, em uma colaboração com a musicista chinesa Peng Jingxuan. Em uma performance que combinou artes marciais e o guzheng, um instrumento tradicional chinês, as jovens atraíram grande atenção nas ruas da capital francesa, reforçando o apelo cultural das Emei Kung Fu Girls.

“Nossa jornada, que parte das artes marciais para a inovação e colaboração intercultural, não tem fim”, afirmou Ling Yun, expressando o compromisso em expandir as fronteiras da tradição. As integrantes ainda aprendem dança, música, arco e flecha e até equitação, preparando-se para colaborações futuras que promovam a cultura chinesa.

Durante a visita a Paris, o grupo fez apresentações em locais icônicos como o Louvre e a Torre Eiffel, além de interagir com escolas de artes marciais locais, onde puderam trocar experiências com praticantes franceses. Para a integrante Li Nuofei, o intercâmbio foi marcante: “Fazer amizades por meio das artes marciais foi uma experiência inesquecível. Estamos empenhadas em promover respeito e compreensão entre culturas.”

Os vídeos do grupo, que conquistaram audiência global, são especialmente importantes para He Yunong, que vê as Emei Kung Fu Girls como embaixadoras culturais: “Queremos mostrar não apenas o Kung Fu Emei, mas também a energia das jovens chinesas de hoje. Isso reflete nosso orgulho cultural e confiança ao levar a China para o mundo.”

Ling Yun acredita que promover as artes marciais Emei no exterior exige uma fusão gradual de elementos culturais chineses e estrangeiros, atraindo o público internacional pela novidade e autenticidade. Ela espera que, fortalecendo os laços com comunidades chinesas e escolas de artes marciais ao redor do mundo, o grupo consiga expandir o alcance do Kung Fu Emei e consolidar seu impacto no cenário global.

​.

Acompanhe tudo sobre:CulturaArtes marciais

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado