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Embaixador dos EUA morto disse que era alvo da Al Qaeda

Stevens já havia manifestado sua preocupação com as constantes ameaças recebidas em Benghazi


	Carros são queimados em distúrbios em frente ao consulado americano em Benghazi, Líbia, em 11 de setembro
 (AFP)

Carros são queimados em distúrbios em frente ao consulado americano em Benghazi, Líbia, em 11 de setembro (AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 18h38.

Washington - O embaixador Chris Stevens, que morreu na última semana após um ataque ao consulado americano em Benghazi, na Líbia, havia afirmado que seu nome estava em uma lista de alvos da Al Qaeda, informou nesta quinta-feira a emissora ''CNN''.

De acordo com uma fonte próxima ao diplomata e citada pela emissora, Stevens, que faleceu junto com o funcionário Sean Smith e os ex-militares Tyrone Woods e Glen Doherty, também já havia manifestado sua preocupação com as constantes ameaças recebidas em Benghazi.

Além disso, o embaixador advertia constantemente sobre o risco da crescente presença da Al Qaeda e do radicalismo islâmico na Líbia após a queda do regime de Muammar Kadafi.

No entanto, a secretária de Estado Hillary Clinton evitou confirmar essa informação.

''Não tenho absolutamente nenhuma informação ou razão para crer que haja base para pensar isso'', disse Hillary a jornalistas após um encontro com o ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Marty Natalegawa.

Estas novas revelações são somadas à afirmação do diretor do Centro Nacional Antiterrorista dos EUA (NCTC), Matthew Olsen, que ontem explicou perante o Comitê de Segurança Nacional do Senado que o ataque ao consulado de Benghazi, qualificado como um ''ataque terrorista'', pode estar conectado diretamente com a rede Al Qaeda.

''O que não temos neste momento é a informação específica sobre o planejamento e coordenação do ataque'', acrescentou Olsen.

O ataque contra o consulado americano em Benghazi, que foi realizado no último dia 11 de setembro (data em que os EUA relembravam o ataque contra as torres gêmeas) em protesto contra o filme que satirizava a figura do profeta Maomé, também coincidiu com as manifestações na Líbia e no Egito.

O presidente do Comitê das Relações Exteriores do Senado, o democrata John Kerry, indicou que o Departamento de Estado está preparando um comitê independente para investigar o ataque contra consulado americano.

Por sua parte, Hillary compareceu ao Congresso para trazer novas informações sobre o ataque e sobre as medidas tomadas para proteger seu corpo diplomático na Líbia e no Oriente Médio.

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