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Em nova derrota de May, deputados tentam assumir controle do Brexit

Primeira-ministra se recusou a cumprir o resultado da votação de quarta e afirmou que não dará aos deputados um "cheque em branco" para decidir o "roteiro"

May descarta, por enquanto, levar à votação pela terceira vez o acordo do Brexit (Toby Melville/Reuters)

May descarta, por enquanto, levar à votação pela terceira vez o acordo do Brexit (Toby Melville/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de março de 2019 às 20h35.

Última atualização em 26 de março de 2019 às 10h05.

Londres - A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou nesta segunda-feira uma emenda que dá aos deputados britânicos o controle sobre a agenda do Brexit na próxima quarta-feira, quando poderão debater e votar propostas alternativas ao acordo assinado pela primeira-ministra do país, Theresa May, sobre o processo de saída da União Europeia (UE).

A emenda que aumenta o controle parlamentar foi aprovada por 329 votos favoráveis e 302 contrários, mas o governo de May alega que a votação de quarta-feira não será vinculativa.

A lista dos possíveis planos alternativos ao Brexit, que ainda não está fechada, deve incluir formas de o país deixar a UE sem acordo, um segundo referendo, um acordo com a inclusão de uma união aduaneira ou até mesmo a desistência de sair do bloco continental.

Durante o debate realizado na tarde desta segunda-feira, a primeira-ministra se recusou a cumprir o resultado da votação de quarta e afirmou que não dará aos deputados um "cheque em branco" para decidir o "roteiro do Brexit".

A emenda aprovada hoje permite que os parlamentares proponham votações na Câmara dos Comuns, uma prerrogativa reservada ao governo. May afirmou que o movimento perturba o "equilíbrio das instituições democráticas" do Reino Unido.

Ainda não se sabe como a votação ocorrerá. Os parlamentares podem se pronunciar sobre cada uma das possíveis propostas ou criar um sistema para escolher os diversos planos por ordem de preferência.

May descarta, por enquanto, levar à votação pela terceira vez o acordo do Brexit firmado por ela com a UE. A premiê admitiu mais cedo que não conta com o apoio necessário para aprová-lo.

A UE estabeleceu o dia 12 de abril como data limite para que a Câmara dos Comuns aprove o texto. Se o pacto não for ratificado até lá, o Reino Unido deixará o bloco sem negociação ou será obrigado a pedir uma nova prorrogação do prazo, o que obrigaria o país a participar das eleições para a Eurocâmara em maio.

May também disse que não vai permitir uma saída abrupta da UE a não ser que a Câmara dos Comuns, que já descartou essa hipótese no início do mês, mude de ideia e decida deixar o bloco sem acordo.

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