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Em crise, Grécia paga pensão até a pessoas mortas

País gastou 1,8 milhão de euros com esses pagamentos; governo anunciou investigação para tentar recuperar o dinheiro

Aposentados gregos protestam contra medidas de austeridade (Louisa Gouliamaki/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 19h32.

Atenas - O principal fundo de seguridade social grego, o Ika, gastou 1,8 milhão de euros ao pagar pensões a 1.400 pessoas mortas há anos, informou nesta quinta-feira o ministério de Emprego e Seguridade Social.

O Ika descobriu que estas pensões foram pagas a pessoas nascidas antes de 1920 e já falecidas, informou a agência de imprensa grega ANA (semioficial).

Além de se comprometer a atualizar as listas de aposentados, a Ika vai realizar uma investigação para tentar recuperar as somas já pagas, segundo a mesma fonte.

A investigação abarcará as famílias que não tinham declarado as mortes de seus parentes aos serviços sociais - para continuar recebendo as pensões - e as contas bancárias para as quais a instituição continuava transferindo o dinheiro, que nunca foi retirado.

Esse novo incidente de mal uso de fundos públicos, devido sobretudo à contabilidade mal organizada, ocorre dez dias depois de ter sido divulgado que um número estranhamente alto de cegos - várias centenas - recebiam ajudas públicas em uma ilha grega.

O vice-ministro da Saúde, Markos Bolaris, ordenou uma investigação aos mais de 600 moradores dessa ilha, cujo nome não foi divulgado, e que são suspeitos de embolsar essas ajudas.

Há um ano, o ministério tinha afirmado que milhões de euros foram pagos a cada ano em pensões a pessoas mortas há tempos.

Submetida a um plano de ajuste draconiano desde 2010 pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, seus principais credores, a Grécia, atingida por uma dívida pública colossal, tenta reduzir os gastos.

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Além de se comprometer a atualizar as listas de aposentados, a Ika vai realizar uma investigação para tentar recuperar as somas já pagas, segundo a mesma fonte.

A investigação abarcará as famílias que não tinham declarado as mortes de seus parentes aos serviços sociais - para continuar recebendo as pensões - e as contas bancárias para as quais a instituição continuava transferindo o dinheiro, que nunca foi retirado.

Esse novo incidente de mal uso de fundos públicos, devido sobretudo à contabilidade mal organizada, ocorre dez dias depois de ter sido divulgado que um número estranhamente alto de cegos - várias centenas - recebiam ajudas públicas em uma ilha grega.

O vice-ministro da Saúde, Markos Bolaris, ordenou uma investigação aos mais de 600 moradores dessa ilha, cujo nome não foi divulgado, e que são suspeitos de embolsar essas ajudas.

Há um ano, o ministério tinha afirmado que milhões de euros foram pagos a cada ano em pensões a pessoas mortas há tempos.

Submetida a um plano de ajuste draconiano desde 2010 pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, seus principais credores, a Grécia, atingida por uma dívida pública colossal, tenta reduzir os gastos.

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