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Em 3 dias de protestos, mais de 500 já foram detidos na Tunísia

Mobilizações sociais no país se intensificaram no começo do ano com a entrada em vigor dos novos orçamentos gerais

Tunísia: enfrentamentos com as forças de segurança pioram depois que um homem de 55 anos morreu na segunda à noite durante uma repressão policial (Zoubeir Souissi/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 11h35.

Túnis - Ao todo, 565 pessoas foram detidas na Tunísia , 328 delas ontem à noite, nos três dias de violentos protestos em todo o país contra a política de austeridade, revelou o Ministério de Interior nesta quinta-feira.

Em declarações à imprensa, o porta-voz do órgão, Khalifa Chibani, acrescentou que 21 agentes de segurança ficaram feridos e dez veículos da Polícia foram danificados nos enfrentamentos.

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"Contabilizamos 328 pessoas envolvidas em atos de sabotagem e roubo detidas ontem à noite nas diferentes províncias do país", disse ele.

As mobilizações sociais se intensificaram no começo do ano com a entrada em vigor dos novos orçamentos gerais e se tornaram violentas na segunda-feira.

Os enfrentamentos com as forças de segurança pioram depois que um homem de 55 anos morreu na segunda à noite durante a repressão policial de um protesto ocorrido em Tebourba, cerca de 40 quilômetros ao oeste de Túnis.

Neste ambiente de tensão, foi convocada para domingo uma grande marcha que coincidirá com o sétimo aniversário da Revolução de Jasmim, que acabou com a longa ditadura de Zine El Abidine Ben Ali.

O ex-presidente tunisiano fugiu em 14 de janeiro de 2011 para a Arábia Saudita após um mês de manifestações e distúrbios em todo o país.

Diante dessa situação e a previsão de possíveis incidentes ao longo do fim de semana, os Ministérios da Defesa e do Interior decidiram aumentar a presença policial nas ruas e, caso seja preciso, implantar medidas mais drásticas como a imposição do "toque de recolher".

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