Exame Logo

Após Macron dissolver Parlamento na França, Alemanha descarta eleições antecipadas

Partido do chanceler Olaf Scholz foi apenas 3º colocado na votação do Parlamento Europeu; opositores pediram convocação de novas eleições nacionais

07 September 2022, Berlin: Chancellor Olaf Scholz (SPD) speaks during the general debate on the budget in the Bundestag. Photo: Michael Kappeler/dpa (Photo by Michael Kappeler/picture alliance via Getty Images) (Kappeler/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 10 de junho de 2024 às 10h46.

O governo da Alemanha descartou, nesta segunda-feira, a convocação de eleições antecipadas como as anunciadas pelo presidente da França, Emmanuel Macron, após a derrota para a extrema direita na votação para o Parlamento Europeu. Berlim também viu uma projeção de seus radicais no cenário europeu.

Assim como Macron na França, os partidos da coalizão de governo liderada por Olaf Scholz foram superados pelo partido da extrema direita nas eleições locais para o Parlamento Europeu. O Partido Social-Democrata (SPD) de Scholz teve o seu pior resultado na história do pleito, com apenas 14% dos votos, de acordo com a contagem preliminar — logo atrás da Alternativa para a Alemanha (AfD), que conquistou cerca de 16% dos votos.

Veja também

A coligação mais votada foi a CDU-CSU, da ex-chanceler Angela Merkel, com cerca de 30%. Os integrantes da coalizão governista de Scholz vieram ainda mais atrás: Os Verdes conquistaram 12% dos votos, enquanto o Partido Liberal teve apenas 5%.

O resultado no pleito francês gerou apelos da oposição para que Scholz seguisse o exemplo de Macron. Alice Weidel, colíder da AfD, disse que a Alemanha votou pela saída do chanceler e pela queda do governo.

“Agora resta apenas uma tarefa para Scholz: abrir caminho para novas eleições – em vez de governar por mais um ano contra uma grande maioria da população”, escreveu Weidel no X.

Markus Soeder, o líder dos conservadores no estado da Baviera, no sul, também apelou à realização de novas eleições o mais rapidamente possível. A coligação tripartida “já não tem o apoio da população”, disse Soeder à emissora RTL, apelando à Alemanha para seguir os passos da França. (Com AFP)

Acompanhe tudo sobre:FrançaAlemanhaOlaf ScholzEmmanuel Macron

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame