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Eleições nos EUA: Romance de Taylor Swift gera teoria conspiratória entre apoiadores de Trump

Cantora apoiou Biden em 2020 e agora há expectativa se ela repetirá endosso ao democrata

Travis Kelce e Taylor Swift celebram vitória que levou o Kansas Chiefs ao Super Bowl (Patrick Smith /AFP)

Travis Kelce e Taylor Swift celebram vitória que levou o Kansas Chiefs ao Super Bowl (Patrick Smith /AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 31 de janeiro de 2024 às 18h40.

Última atualização em 31 de janeiro de 2024 às 18h56.

Que Taylor Swift era influente, todos já sabiam, mas agora os republicanos lhe estão atribuindo poderes de vilã em uma teoria da conspiração segundo a qual o romance da cantora com o astro da NFL Travis Kelce seria, na verdade, um complô para manipular o Super Bowl e conseguir a reeleição do presidente Joe Biden.

A relação entre a diva pop e o jogador do Kansas City Chiefs cativou o país, com as imagens de uma Taylor torcedora projetada no telão enquanto acompanha a partida das grades.

O fanatismo alcançou seu auge neste final de semana, quando os Chiefs derrotaram os Ravens de Baltimore e se classificaram para o Super Bowl de fevereiro. Em meio às celebrações, Swift foi ao campo para beijar o namorado, que acabava de jogar uma das melhores partidas de sua vida.

Mas os republicanos não viram aquela comemoração como parte de uma história de amor. Como seu líder Donald Trump, os direitistas veem cada vez mais teorias conspiratórias e esse romance não foi a exceção: o consideram uma operação psicológica contra o povo americano e as eleições presidenciais de novembro.

"Taylor Swift é um ativo do Pentágono?", foi a pergunta levantada pelo canal Fox News em um debate com um ex-agente do FBI.

Uma impulsionadora midiática de Trump, Laura Loomer, disse aos seus mais de 800 mil seguidores na rede X: "A operação psicológica de interferência eleitoral dos democratas com Taylor Swift está ocorrendo abertamente".

E Vivek Ramaswamy, um candidato presidencial republicano derrotado que agora apoia plenamente a candidatura de Trump para um segundo mandato, sugeriu que existe um complô para impulsionar Biden mediante uma falsa relação Swift-Kelce e uma vitória manipulada dos Chiefs no Super Bowl.

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"Pergunto a mim mesmo quem vai ganhar o Super Bowl no mês que vem. E me pergunto se haverá um importante apoio presidencial vindo de um casal montado artificialmente", escreveu no X.

Mike Crispi, personalidade televisiva e grande seguidor de Trump, foi ainda mais claro: "TODOS sabem que Taylor Swift e Travis Kelce são falsos e que o Super Bowl está sendo manipulado. Você é um maluco neste momento se NÃO acredita".

Segundo Crispi, Swift se apresentará no show do intervalo do Super Bowl e apoiará Biden.

Esse frenesi desenfreado tem suas raízes em um ódio que existe há tempos na direita contra Swift, que além de ser uma popstar internacional, também é abertamente liberal e contra Trump.

A cantora apoiou Biden em sua campanha vencedora de 2020 e, em setembro, usou novamente sua influência para pedir aos jovens que se increvessem no registro eleitoral. Dezenas de milhões acataram seu pedido.

Kelce, uma espécie de lenda por sua personalidade extrovertida fora de campo e suas façanhas durante as partidas, se tornou um alvo improvável da direita após promover as vacinas contra a covid e, agora, por ser namorado de uma celebridade ainda maior.

A saga, no entanto, entrou em um território desconhecido: imagens pornográficas falsas de Swift criadas com inteligência artificial atraíram milhares de visualizações no X antes que fossem removidas da plataforma na semana passada.

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