Donald Trump: presidente discursa a apoiadores na Carolina do Sul, em 24 de fevereiro (Win McNamee/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 2 de março de 2024 às 16h27.
A corrida eleitoral americana ocorre, na prática, em duas trilhas. Além das votações das primárias, há também o calendário judicial: o ex-presidente Donald Trump é réu em dezenas de processos, e parte deles podem ter passos decisivos em março.
A principal expectativa é sobre a decisão da Suprema Corte, que decidirá se ele pode ou não disputar as eleições de 2024. Dois estados, Colorado e Maine, declararam Trump como inelegível, com base na 14ª Emenda Constitucional, que impede pessoas que se envolveram em atos de inssureição contra o governo de ocuparem cargos públicos. O ex-presidente tentou reverter o resultado das urnas em 2020, com esforços como estimular apoiadores a lutar e pressionar funcionários a recontar votos de um modo favorável a ele.
A Suprema Corte avaliará se os atos de Trump podem ser considerados uma insurreição, e se a regra, do século 19, também se aplica a presidentes. O tribunal já fez uma audiência sobre o caso e deve divulgar a decisão nas próximas semanas. Não há, no entanto, data certa para a sentença.
Em 25 de março, começará um julgamento criminal de Trump, pela acusação de fraudar documentos financeiros para obter vantagens, em um caso com conexão às eleições de 2016. Neste processo, o republicano também é julgado por ter feito pagamentos pelo silêncio de uma atriz pornô, que supostamente teria tido um caso com ele, com recursos irregulares. Esta será a primeira vez que um ex-presidente dos EUA vai a julgamento por um caso criminal.
No vídeo abaixo, Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington, explica melhor como anda a situação de Trump com a Justiça e como isso pode impactar a eleição.
O trecho do vídeo faz parte do episódio 6 do programa "O Caminho para a Casa Branca", uma produção da Exame como a Gauss Capital. Assista a íntegra aqui e ouça também no Spotify.