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Eleição virou todos contra Dilma, diz The Economist

Segundo a publicação britânica, a velocidade do progresso do Brasil está em jogo nas próximas eleições

The Economist diz que Lula está transferindo votos para Dilma (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

São Paulo - A nova edição da revista The Economist, que chega às bancas nesta quinta-feira (1), traz uma longa reportagem sobre as eleições no Brasil. O texto diz que "o presidente Lula tem sido capaz de transferir a sua extraordinária popularidade para Dilma Rousseff".

A publicação britânica informa que a candidata do governo ultrapassou o tucano José Serra nas recentes pesquisas, pois "Lula tem uma relação com os brasileiros bem diferente de qualquer outro político". "A eleição virou todos contra Dilma", diz o texto, ao referir-se a um favoritismo da candidata do PT.

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A reportagem lembra que a população brasileira está envolvida com a Copa do Mundo, mas que, em breve, a campanha vai começar oficialmente. A revista diz que Dilma é tida como uma administradora eficiente, mas que tem mau humor. Cita ainda que ela era uma política desconhecida da maioria da população e que lutou recentemente contra um câncer linfático.

O texto mostra que a missão de José Serra não é fácil, pois o governo goza de bons resultados na economia e nas áreas sociais. Segundo a Economist, "seus partidários torcem para que Dilma cometa gafes na campanha".

A reportagem diz que o presidente Lula tem méritos, mas salienta que boa parte dos avanços sociais começou no governo Fernando Henrique Cardoso. "Lula merece elogios por não imitar o populismo econômico de alguns líderes da esquerda da América Latina."

A questão a ser respondida pelos candidatos, segundo a publicação britânica, é como sustentar o legado de Lula e avançar a partir dele. O texto menciona as deficiências da infraestrutura brasileira, a falta de investimentos públicos e o rombo da previdência, entre outros pontos.

"Os brasileiros terão de fazer uma escolha em outubro. José Serra proporcionaria um Estado forte, mas enxuto, que abriria espaço para os investimentos privados e uma carga tributária menor. Já os estrategistas da campanha de Dilma Rousseff acham que o Brasil pode reduzir gradativamente as taxas de juros e os impostos, e que o Estado deve promover o desenvolvimento industrial e a redistribuição de renda. Após 16 anos de estabilidade sob Fernando Henrique e Lula, nenhum candidato propõe uma mudança radical no rumo da economia. O que está em jogo é a velocidade do progresso do país", conclui a reportagem.

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