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Eleição no Egito começa em 28 de novembro

População começará escolhendo o novo parlamento do país; eleição presidencial ainda não tem data

Protesto na praça Tahrir, no Egito: será a primeira eleição desde a queda de Hosni Mubarak (Arquivo/AFP)

Protesto na praça Tahrir, no Egito: será a primeira eleição desde a queda de Hosni Mubarak (Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2011 às 13h54.

Cairo - A junta militar egípcia fixou nesta terça-feira para o dia 28 de novembro o início da primeira fase das eleições parlamentares no Egito, as primeiras desde a queda do regime de Hosni Mubarak em fevereiro.

Fontes do Conselho Supremo das Forças Armadas, que dirige de forma interina o país, disseram à agência oficial de notícias "Mena" que o pleito para a câmara baixa será realizado em três períodos a partir dessa data.

Além disso, a fonte informou que as eleições à câmara alta ou Shura também serão realizadas em três fases a partir do dia 29 de janeiro.

Este anúncio contrasta com a previsão feita em 18 de setembro pelo presidente da comissão eleitoral, Ibrahim Abdelmuiz, que afirmou que as eleições à Assembleia do Povo (câmara baixa) seriam feitas a partir de 21 de novembro e as da Shura começariam em 22 de fevereiro.

De acordo com o informado nesta terça-feira pela junta militar, dois terços das cadeiras do Parlamento serão eleitas de listas fechadas e o outro terço será composto por indivíduos escolhidos em listas abertas.

A primeira proposta realizada pelo Conselho Supremo das Forças Armadas estipulava que a metade dos deputados seria escolhida por listas fechadas e a outra metade por listas abertas, o que provocou a rejeição dos principais partidos políticos.

Estava prevista para segunda-feira a publicação de um decreto pela junta militar para convocar as eleições oficialmente, e abrir o prazo para que os eleitores possam se inscrever como candidatos, mas nenhum prazo foi estipulado sobre isso.

Após vários atrasos no anúncio da data eleitoral, serão realizadas as primeiras eleições desde a renúncia de Mubarak, forçada pela Revolução de 25 de Janeiro.

Depois das eleições legislativas, é prevista a redação da nova Constituição e a realização de eleições presidenciais.

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