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EI executa 80 funcionários da comissão eleitoral no Iraque

As vítimas eram funcionários e pessoas contratadas pela comissão eleitoral iraquiana para supervisionar o pleito legislativo que foi do final de abril de 2014


	Militantes do Estado Islâmico: as vítimas foram assassinadas depois que o EI emitiu uma fatwa (ditame religioso) na qual ordenava a execução dos funcionários que participaram dessas eleições
 (Reuters)

Militantes do Estado Islâmico: as vítimas foram assassinadas depois que o EI emitiu uma fatwa (ditame religioso) na qual ordenava a execução dos funcionários que participaram dessas eleições (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 14h24.

Mossul - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou 80 funcionários da comissão eleitoral iraquiana na província de Ninawa, informou nesta quinta-feira à Agência Efe uma fonte de segurança dessa região situada no norte do Iraque.

O responsável de segurança do Partido Democrático do Curdistão iraquiano, Mohiedin al Mazuri, disse que os 80 corpos, entre os quais há 15 mulheres, foram entregues hoje ao centro de medicina legista da cidade de Mossul -capital provincial de Ninawa-, que certificou a morte dos funcionários.

A fonte acrescentou que as vítimas, que foram capturadas nos últimos dias, eram funcionários e pessoas contratadas pela comissão eleitoral iraquiana para supervisionar o pleito legislativo que foi realizado no final de abril de 2014.

Além disso, a fonte disse que as vítimas foram assassinados depois que o EI emitiu uma fatwa (ditame religioso) na qual ordenava a execução dos funcionários que participaram dessas eleições.

No mês passado de novembro, o EI assassinou duas candidatas da cidade de Mossul, Ibtisam Ali Gergis e Miran Ghazi.

Em outubro, os extremistas tinham executado outra ex-candidata, a Iman Yunis, que foi sequestrada junto a seu marido dois meses antes, e seu corpo foi lançado em um poço transformado em vala comum.

Todos eles foram alvo dos jihadistas porque estes consideram que a democracia é pecado, já que substitui Deus no governo, e além disso acreditam que o governante deve ser um imã eleito pelos clérigos para que aplique a lei islâmica e não a vontade popular.

O EI conseguiu em junho de 2014 tomar amplas zonas nas províncias de Ninawa, Saladino e Diyala, na metade norte do Iraque, declarando um califado nos territórios sob seu domínio neste país e na Síria.

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