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Egito será cobrado hoje pela UE por agressões a jornalistas

Denúncias dão conta de agressões, roubos e humilhações a profissionais da imprensa no país

Repórteres da Empresa Brasil de Comunicação detidos no Egito: extraditados ao Brasil (Arquivo/ABr)

Repórteres da Empresa Brasil de Comunicação detidos no Egito: extraditados ao Brasil (Arquivo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 09h20.

Brasília - Os embaixadores da União Europeia (UE) – que é formada por 27 países - enviarão ainda hoje (4) uma nota de protesto para o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito contra as agressões aos jornalistas no país. Há denúncias de agressões, roubos e até humilhações. Os jornalistas brasileiros Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram detidos, liberados e depois encaminhados ao aeroporto para retornar ao Brasil.

“Estamos em contato permanente. Estamos todos muito inquietos, tem havido jornalistas agredidos, de várias nacionalidades. Estamos a fazer uma nota de protesto e que exige o julgamento das pessoas que cometeram esses atos, na opinião dos meus colegas são policiais à paisana”, disse o embaixador de Portugal na UE, Aristides Vieira Gonçalves.

O embaixador afirmou ainda que hoje “há mais gente do que nunca na praça” referindo-se à aglomeração na Praça Tahrir, centro dos protestos contra e a favor do presidente do Egito, Hosni Mubarak. O dia hoje é chamado de Sexta-Feira da Partida ou Dia da Saída numa alusão à possibilidade de o presidente abandonar o governo.

“As pessoas contra Mubarak só começam a chegar depois das 13 horas, que é depois das orações da mesquita. Nesta hora é que as coisas podem se complicar. Neste momento, o ambiente é calmo”, afirmou. “Há muitos, muitos manifestantes pró e haverá muitos e muitos contra. Isto tudo poderá complicar”, acrescentou. O diplomata afirmou que hoje pode ser um dos piores dias desde que começaram as manifestações.

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